Um dos seis reforços anunciados pelo Cruzeiro em 2021, Felipe Augusto trabalhou sob o comando de Felipe Conceição em janeiro de 2020, no América. A convivência foi breve, já que o treinador aceitou oferta do Bragantino, mas suficiente para o jogador o descrever como um profissional bastante exigente nos treinamentos.
“Peguei o início de trabalho do Felipe. É um treinador que cobra bastante, que pede bastante intensidade. Nós atletas temos perspectivas de crescimento com ele, então creio que tem tudo para ser um bom trabalho”, disse o atacante, confiante de que a equipe encontrará o entrosamento ideal para alcançar os objetivos na temporada.
“O torcedor está ansioso para que o time dê liga e uma resposta positiva. É isso que nós jogadores esperamos no início da temporada e no decorrer dela também. Que a gente possa dar uma resposta o mais rápido possível para que o clube trilhe os caminhos da vitória”.
Apesar da colocação modesta do Cruzeiro na Série B de 2020 - 11º lugar, com 49 pontos -, Felipe Augusto enalteceu os jogadores remanescentes, sobretudo os atacantes. “Desde a temporada passada o Cruzeiro teve bons nomes e jogadores de qualidade no ataque. Estamos chegando agora para ajudar e somar”, frisou.
“É tentar melhorar os números e entrosar o mais rápido possível, tanto quem chega agora quanto quem já estava aqui. Os que estavam aqui são jogadores de extrema qualidade, dispensam comentários. Acho que tem tudo para dar certo e ficar um ataque bem forte”, complementou.
Estilo de jogo, torcida e carreira
Com relação às características, Felipe se sente mais à vontade nos extremos de campo, principalmente do lado esquerdo, onde procura explorar arrancada, velocidade e drible. Foi nesse setor que ele disputou a maior parte dos 40 jogos a serviço do América - marcou quatro gols na temporada e integrou o elenco vice-campeão da Série B, com 73 pontos.
“Gosto de jogar pelos lados do campo, seja pela direita ou esquerda. Tenho uma preferência até de jogar pelo lado esquerdo. Mas ali na frente consigo me adaptar a qualquer lado do campo, ou até mesmo se precisar fazer um falso 9”.
O atacante de 28 anos também falou sobre a torcida cruzeirense, que se frustrou com a permanência do time na segunda divisão do Campeonato Brasileiro, sem se aproximar do G4 uma vez sequer. O discurso é de que em 2021 o retorno à elite nacional será alcançado.
“A torcida do Cruzeiro é acostumada a comemorar títulos, então essa fase para a torcida é estranha e diferente. Acho que este ano temos boas perspectivas de crescimento e de conseguir levar o Cruzeiro de volta à Série A”.
Mineiro de Governador Valadares, Felipe Augusto iniciou a carreira na base do Atlético, porém não chegou a atuar no time principal. Assim que ‘estourou’ a idade sub-20, transferiu-se para o Democrata, clube de sua cidade. Depois, passou por Madureira-RJ, Linense-SP e Tupi. No futebol europeu, teve experiência no Estoril, de Portugal.
De volta ao Brasil, Felipe rodou por Villa Nova, Volta Redonda e Paraná. Em 2018, defendeu o Botafogo-SP na Série C, na qual marcou nove gols em 21 jogos e ajudou o time a subir à segunda divisão nacional. Em 2019, teve mais uma temporada de destaque ao balançar a rede oito vezes em 34 partidas pelo Operário na Série B.