Gustavo Ferreira destacou que os dois são tratados dentro do clube de forma isonômica em relação aos outros garotos. Sobre Estevão, o diretor afirmou que ele está treinando em várias categorias ao mesmo tempo. A entrevista do dirigente foi transmitida pelo canal Somos Gigantes, no Youtube.
"Ele quer ser conhecido como Estevão. É um menino de uma família fantástica, cujo relacionamento com o Cruzeiro é muito bom. Sabem que a gente faz o melhor para a formação do menino. Inclusive, a gente está variando ele entre as categorias. Se você colocar ele só na categoria dele, ele vai apelar para a parte individual, porque ele tem muita qualidade. Então, ele vai desenvolver princípios táticos individuais, e não vai desenvolver princípios táticos coletivos", disse.
"A gente está ofertando uma formação para que ele possa ter formação completa, com podólogo, dentista, princípios individuais e coletivos, uma série de coisas que a gente está oferecendo à família. E a gente tem um relacionamento muito bacana. Menino (Estevão) que está se desenvolvendo muito bem", disse.
Gustavo elogiou a técnica de João Mendes. "Filho do Ronaldinho é muito bacana, bom biotipo, boa técnica, tem uma parte cognitiva muito alta, está inserido no processo da categoria e é tratado como todos no Cruzeiro, de uma maneira igual, tem tudo que os outros atletas têm", frisou.
Em abril de 2019, João Mendes assinou contrato de formação com o Cruzeiro, seu primeiro vínculo formal com o clube. O acordo se estende até 21 de fevereiro de 2025, um dia antes do jovem completar 20 anos.
Caso Estevão
O nome do garoto esteve envolvido em polêmica por causa de contratos assinados pelo ex-vice presidente do Cruzeiro na gestão Wagner Pires de Sá, Itair Machado, com o empresário Cristiano Richard dos Santos e o conselheiro Fernando Ribeiro de Morais. Em ambos os casos, o clube estaria cedendo percentual de direitos econômicos da criança.
O contrato de cessão de 20% a Cristiano Richard dos Santos Machado foi cancelado após as denúncias. A cessão de Fernando Ribeiro pode não ter validade.
A comercialização dos direitos econômicos da criança não poderia ter acontecido. Inicialmente, porque a Fifa determinou, em 2015, que apenas clubes e jogadores podem ter partes de direitos econômicos. Depois, porque revelações só podem assinar contratos profissionais com os clubes a partir dos 16 anos. Até lá, só há o contrato de formação.