A temporada 2020 finalmente acabou para o Cruzeiro e não deixará nenhuma saudade. Tomara que a diretoria tenha aprendido com os erros cometidos e entenda a necessidade de ter um projeto de recuperação da centenária e gloriosa instituição.
A contratação de Felipe Conceição, que ainda não foi oficializada, parece uma guinada no sentido correto. Que o treinador tenha tranquilidade e inteligência para montar um time minimamente competitivo para 2021, o que não aconteceu em nenhum momento desde o rebaixamento para a Série B, ainda em 2019.
O novo comandante tem salários dentro da realidade atual do clube e projeta contratações dentro do que os parcos recursos disponíveis permitem. Bem diferente do antecessor, o laureado Luiz Felipe Scolari, que deixou o clube por entender que não teria o mínimo necessário para levar a Raposa de volta à Série A.
Muito da equipe do América que subiu tranquilamente agora para a Primeira Divisão foi idealizado por Tigrão, como Conceição era chamado na época de jogador. Ele conseguiuu fazer o Coelho reagir de forma estupenda em 2019, deixando de subir por apenas um ponto, ao ser derrotado em casa pelo já rebaixado São Bento na última rodada.
Além dos dirigentes, a torcida também precisa entender que o momento é de dar respaldo. A reformulação será grande e não há perspectivas de contratação de jogadores renomados. Paciência, principalmente no Campeonato Mineiro, será fundamental para que o técnicoconsiga implementar suas ideias.
A prioridade tem de ser a volta àSérie A. Todo o mais que vier será lucro. Coisa que o clube celeste não tem há tempos.