O Cruzeiro anunciou nesta quinta-feira que chegou a um acordo com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para parcelar débito de aproximadamente R$3,5 milhões. Os valores são referentes a PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) e IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) de março de 2019 a agosto de 2020.
- R$ 112,372,20 - PIS (25/03/2020 e 25/08/2020)
- R$ 119.853,55 - PIS e COFINS retidos (20/03/2019 e 20/03/2020 a 19/06/2020)
- R$ 3.214.731,08 - IRRF vencidos de folha de pagamento (02/02/2020); IRRF de Pessoa Jurídica (20/03/2020 e 20/05/2020)
Em nota, o clube informou que conseguiu um desconto de 25% (R$825 mil) e poderá quitar a quantia em 120 prestações. Ao site oficial do Cruzeiro, o presidente Sérgio Santos Rodrigues enalteceu o trabalho dos integrantes do departamento jurídico e da diretoria financeira celeste.
“Esta foi mais uma grande vitória do nosso Departamento Jurídico, que é capitaneado pelo superintendente Flávio Boson, e que conta por profissionais como o advogado tributarista João Paulo Almeida Melo, que nos auxiliou em mais este acordo. São grandes profissionais que estão prestando relevantes serviços ao Cruzeiro”, disse.
“Claro, registro, ainda, a importante interlocução neste tipo de demanda entre o jurídico e a diretoria financeira, que é liderada por Matheus Rocha. Aos poucos, com muito trabalho e dedicação, estamos resolvendo os problemas do clube. Sabemos que nestes oito meses de gestão tivemos muitos erros e acertos. A caminhada é longa, mas nossa vontade de fazer do Cruzeiro uma instituição cada vez mais forte e de credibilidade é muito maior”, complementou.
Com relação à falta de repasse do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o Cruzeiro explicou que em momento oportuno o setor jurídico vai se manifestar. No site “Lista de Devedores”, a PGFN afirma que o passivo do clube é de R$13.797.444,86, sendo R$7.668.184,67 de FGTS e R$6.129.260,19 em “demais débitos tributários”.
Em outubro de 2020, a Raposa obteve redução de mais de 45% de sua dívida total com a União, caindo de R$334,1 milhões para R$178,4 milhões. A pendência poderá ser liquidada em 145 vezes (mais de 12 anos), sendo que nos primeiros 12 meses serão faturadas prestações mensais de R$350 mil. Após o período, os valores aumentarão progressivamente.
Em outubro de 2020, a Raposa obteve redução de mais de 45% de sua dívida total com a União, caindo de R$334,1 milhões para R$178,4 milhões. A pendência poderá ser liquidada em 145 vezes (mais de 12 anos), sendo que nos primeiros 12 meses serão faturadas prestações mensais de R$350 mil. Após o período, os valores aumentarão progressivamente.
Além das operações junto à Fazenda Nacional, houve acordos trabalhistas com o atacante Fred, de R$25 milhões, e o lateral-esquerdo Dodô, de R$15 milhões. O pagamento será feito em cinco anos, entre janeiro de 2022 e dezembro de 2026. A estimativa da diretoria é de economia de mais de R$200 milhões, fazendo o passivo no balanço de 2020 ficar abaixo de R$800 milhões. Hoje, o débito supera R$1 bilhão.
No curto prazo, porém, o Cruzeiro lida com graves problemas financeiros, a ponto de dever três meses de salários a atletas e comissão técnica e uma folha aos colaboradores da área administrativa. Alguns jogadores solicitaram a rescisão indireta do contrato de trabalho: o zagueiro Dedé, o volante Jadsom Silva e o atacante Zé Eduardo. Em 2021, o clube terá receitas incompatíveis com a bola de neve de despesas em razão da permanência na Série B do Campeonato Brasileiro.