Primeiro grande clube do Brasil a disputar a Série B e não conseguir voltar à elite imediatamente,o Cruzeiro vive a crônica de um fracasso anunciado. A derrota por 1 a 0 para o Juventude, em Caxias do Sul, só confirmou o que qualquer um que acompanha futebol já sabia: não havia condições técnicas e/ou financeiras de o time voltar à Primeira Divisão.
Com a comprovação matemática do que já se desenhava desde o início da competição, o clube precisa repensar a estratégia. Ainda que a situação financeira seja difícil, a diretoria tem de buscar alternativas para montar um time minimamente competitivo, o que não ocorreu em nenhum momento natemporada 2020, que só terminará este ano, em função da pandemia de COVID-19.
O primeiro passo é definir apermanência ou não da comissão técnica comandada por Luiz Felipe Scolari. Os números mostram o melhor aproveitamento desde a chegada do treinador, mas tem de ver ser ele topa trabalhar com atletas de mennor expressão novamente e, principalmente, com salários atrasados. Uma das promessas para contratá-lo foi que os pagamentos seriam feitos em dia.
Depois, contratar atletas que retornem o investimento. Há alguns no grupo que por mais que se esforcem já mostraram não ter a qualidade ou não entenderam o que é jogar a Segunda Divisão, uma competição em que o empenho, às vezes, é mais importante que a técnica.
O problema é que a diretoria também precisa entender isso. Não adianta tentar investir em atletas caros e, depois, não conseguir honrar os compromissos. Há uma grande conta a ser paga este ano se nada for feito, fruto de acordos feitos ainda pelo Conselho Gestor que assumiu o clube logo depois da renúncia de Wagner Pires de Sá. Naquela época acharam,equivocadamente, que seria fácil subir. Não foi. Não será.