O Cruzeiro se manifestou, pela primeira vez, sobre o imbróglio envolvendo o lateral-direito Orejuela, que estava emprestado ao Grêmio até o fim do ano passado. O Tricolor tentou a permanência do jogador, mas as negociações se complicaram no momento final. Na última semana, tanto os gaúchos como o estafe do colombiano criticaram a postura da direção celeste.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente Sérgio Santos Rodrigues minimizou qualquer tipo de polêmica. Ele afirmou que só não concordou com o desconto que seria oferecido ao Grêmio em relação ao valor de compra que já estava fixado no contrato de empréstimo, realizado em janeiro de 2020.
“Simplesmente o Grêmio tinha que exercer (direito de compra). Eu fiz um acordo com eles. Se eles me dessem a carta (de interesse de compra) antes e a gente conseguisse antecipar (o pagamento com alguma instituição bancária) eu daria um desconto. A gente não conseguiu antecipar. Chegou no momento, eles queriam esse desconto. A gente falou que não concordava. Se eles fossem exercer o valor integral... Acabou que eles optaram por não fazer”, disse.
Sem dar detalhes, Sérgio afirmou que o Cruzeiro tem outras propostas pelo jogador. Na briga pelo título do Campeonato Brasileiro, Atlético e Flamengo já demonstraram interesse na contratação de Orejuela. “O jogador retornou, temos outras propostas por ele e vamos trabalhar nelas”, garantiu o presidente da Raposa.
Entenda o caso
No ato do empréstimo ao Grêmio, realizado no início de 2020, o Cruzeiro fixou 50% dos direitos de Orejuela em 3,5 milhões de euros. Desse montante, foram deduzidos 150 mil euros a título de empréstimo do lateral-direito, pagos pelo Tricolor já no ano passado.
O Grêmio, portanto, precisaria ter quitado, até o fim de dezembro passado, 3,35 milhões de euros - R$ 21,3 milhões, na cotação atual - divididos em oito parcelas trimestrais até o fim de 2022. O valor de cada prestação era de aproximadamente 418 mil euros (R$ 2,66 milhões).
No fim do ano passado, no entanto, as partes iniciaram negociações por novas condições do negócio. Inicialmente, o Grêmio sinalizou com o pagamento de R$ 12 milhões (45% a menos do valor inicial) em 12 parcelas mensais de R$ 1 milhão. Também foi aventada a possibilidade da inclusão de jogadores por parte do Tricolor. O Cruzeiro indicou que não aceitaria um desconto tão grande.
Após negociações, os clubes chegaram a um valor para o desconto, com o Grêmio pagando cerca de R$ 17 milhões em menos parcelas. O Cruzeiro sinalizou que aceitaria, mas dependia de conseguir o adiantamento do valor com uma instituição bancária, o que acabou não acontecendo.
Após negociações, os clubes chegaram a um valor para o desconto, com o Grêmio pagando cerca de R$ 17 milhões em menos parcelas. O Cruzeiro sinalizou que aceitaria, mas dependia de conseguir o adiantamento do valor com uma instituição bancária, o que acabou não acontecendo.