Nem no pior dos pesadelos o torcedor do Cruzeiro poderia supor que o time chegaria à reta final da Série B do Campeonato Brasileiro praticamente dando adeus às chances de voltar à elite ao ser derrotado em casa pelo lanterna da competição. Mas arealidade é dura e é com ela que todos que amam o clube precisam lidar.
Permanecer na Série B em 2021, para o que ainda falta ao menos um ponto, parece ser o menor dos problemas dos cruzeirenses no momento. A falta de atitude da diretoria, a indignação dos jogadores com salários atrasados e promessas não cumpridas, o desalento dos torcedores com cada resultado ruim projetam a próxima temporada ainda pior para uma das instituições esportivas mais vencedoras do mundo.
Algo precisa ser feito, alguma atitude precisa ser tomada. O Cruzeiro não pode ficar na apatia administrativa em que se encontra. Não é possível que os atuais administradores não saibam do tamanho do buraco em que o clube está metido, sendo surpreendidos quase diariamente por cobranças que certamente devem constar na pasta “contas a pagar” do departamento de contabilidade.
Ou a diretoria muda de atitude agora ou contrate alguém capaz de traçar um plano de recuperação financeira. Com isso, dê condições ao recém-contratado diretor de futebol André Mazzuco e à comissão técnica comandadapelo laureado Luiz Felipe Scolari de montar um time com o mínimo de capacidade de recolocar o Cruzeiro na elite do futebol nacional.
O que se viu diante do Oeste, o pior time entre os 20 que disputam a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, foi vergonhoso. Mas não muito diferente do apresentado pelo próprio Cruzeiro em outras partidasdesta Série B. Prova de que foi feito tudo errado não só por administraçõesanteriores, mas por esta também.
Espera-se que compromissos financeiros sejam honrados. E que os jogadores saibam fazer o mínimo em campo. Ou, do contrário, não haverá esperança na parte celeste de Minas.