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Série B

Análise: Que 2021 traga a vacina para curar o Cruzeiro

Time segue paralisado pelo mau futebol e precisa de tratamento imediato para que torcedores possam sonhar com a volta à elite em 2022

Paulo Galvão
William Pottker foi de heroi a vilão ao marcar o gol da vitória no início da partida e ser expulso no começo da etapa final - Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro Se a pandemia de COVID-19 parou o mundo, há uma paralisia no Cruzeiro. Enquanto a diretoria nãoapresenta um plano factível para a recuperação financeira e institucional doclube, em campo o time não consegue reagir.



Por mais que os jogadores se empenhem, parece haver um ‘vírus” impedindo a equipe de evoluir. Ainda que os resultados sob o comando do laureado técnico Luiz Felipe Scolari sejam muito superiores ao dos antecessores, o futebol segue pobre, sem imaginação, sem o mínimo de magia. Mesmo jogadores de qualidade parecem ter o dom inibido.

A vitória sobre o Sampaio Corrêa, na noite desta sexta-feira, foi uma prova disso. A Raposa conseguiu marcar coma penas 3min, em jogada muito bem trabalhada, coisa de time bem treinado. Mas parou por aí. Enquanto o adversário buscou o gol, preferiu recuar e se limitou a lampejos.

A expulsão de William Pottker, aos 5min do segundo tempo, só prova a dificuldade de se manter a concentração. Foi tratada como “fora de contexto” pelo experiente goleiro Fábio. E como culpa do árbitro por Felipão. Ou seja,  os problemas não estão sendo encarados de frente.



A contratação de André Mazzuco como diretor de futebol renova as esperanças da torcida que 2021 será diferente. Mas ele terá de sermuito criativo diante de orçamento limitado, pois a diretoria vive de apagar incêndios herdados de administrações anteriores. 

Agora, com o Cruzeiro praticamente garantido na Segunda Divisão em 2021, que todos finalmente se unam em prol da centernária instituição. Pois se não voltar à elite em 2022, corre risco de definir para para sempre seu lugar no futuro do esporte brasileiro.