A temporada de reconstrução do Cruzeiro ficou marcada pelo iminente fracasso no retorno imediato à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Ainda que exista pequena probabilidade de acesso (0,35%, segundo a UFMG), o time praticamente jogou a toalha na reta final da Série B. A seis rodadas para o término da competição, a distância para o atual quarto colocado, Cuiabá, é de dez pontos (51 a 41).
O andamento do campeonato mostra que a Raposa só beirou as colocações de cima quando arrancou com vitórias nas três primeiras rodadas. No mais, colecionou resultados ruins e ficou no Z4 no turno, a ponto de ocupar o penúltimo lugar, com 13 pontos, na 15ª rodada. Com a chegada do técnico Luiz Felipe Scolari, houve uma melhora, mas a equipe voltou a estagnar e deve passar mais um ano na B.
É fato que o início com seis pontos a menos, consequência de uma punição aplicada pela Fifa, complicou a vida do Cruzeiro. Por outro lado, o time abusou dos tropeços como mandante, seja no Mineirão ou no Independência. Em 16 partidas até aqui, foram cinco vitórias, seis empates e cinco derrotas. O aproveitamento de 43,75% em casa é o terceiro pior da competição.
Fora das quatro linhas, o clube conseguiu se organizar em alguns pontos administrativos e financeiros, como o pagamento de cerca de R$ 32 milhões em dívidas na Fifa, os acordos trabalhistas e o parcelamento dos débitos com a União. Em contrapartida, atletas e funcionários seguem com remunerações em atraso e vivem cenário de incerteza em relação aos próximos meses.
Na galeria abaixo, o Superesportes relembra o 2020 do Cruzeiro em 20 episódios: