Os canais Premiere e SporTV, do grupo Globo, flagraram cenas curiosas neste sábado antes da partida entre Cruzeiro e Brasil de Pelotas, no Mineirão, pela 26ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Pouco antes do aquecimento do time mineiro, o preparador físico Anselmo Sbragia jogou sal grosso em vários pontos do gramado.
Inicialmente, Anselmo espalhou sal grosso perto do banco de reservas do Cruzeiro e na área técnica de Luiz Felipe Scolari. Em seguida, quando adentrou o gramado para montar o circuito de aquecimento, ele jogou os grãos também perto dos gols, na grande área e na faixa central.
O preparador físico tentou manter a discrição. Em dado momento, Sbragia olhou para um lado e jogou o sal para o outro, à la Ronaldinho Gaúcho. Mas, apesar de todo o seu esforço para disfarçar, as emissoras flagraram a ‘mandinga’.
Curiosamente, o sal grosso foi retirado de uma sacola da rede Supermercados BH, principal patrocinador do Cruzeiro.
O gesto do preparador físico foi uma tentativa de espantar a má fase do Cruzeiro no Mineirão. Nas primeiras 25 rodadas da Série B, o Cruzeiro fez 13 jogos em casa e só venceu quatro. Houve ainda quatro empates e cinco derrotas no Gigante da Pampulha. Com os 16 pontos somados no estádio até então, o time tinha a modesta 16ª campanha como mandante: 41,03% de rendimento.
Por outro lado, o Cruzeiro tem a terceira melhor campanha fora de casa, com 21 pontos em 12 jogos. O aproveitamento de 58,33% é resultado de seis vitórias, três empates e apenas três derrotas.
Felipão desconversa
Antes de a bola rolar no Mineirão, o técnico Luiz Felipe Scolari foi indagado sobre a iniciativa de Anselmo Sbragia, mas desconversou, mesmo estando cercado pelo sal grosso. “Não vejo nada, a não ser no campo, não entrei no campo. Não posso te dizer nada sobre isso. Mas jogar futebol é dentro de campo, não tem nada que mude fora”, disse o treinador de 72 anos à reportagem do SporTV.
A mandinga com sal grosso é antiga no futebol. Há décadas, clubes usam desse expediente para tentar afastar as energias ruins nos estádios. Na história do Cruzeiro, por exemplo, a prática era comum na gestão do presidente Felício Brandi, entre 1961 e 1982.