O segundo clássico mineiro na Série B do Campeonato Brasileiro de 2020 foi marcado pela arbitragem confusa de Dewson Fernando Freitas da Silva (PA), que marcou pênalti inexistente para os visitantes logo aos 12min. O Cruzeiro se aproveitou da vantagem no Independência para fazer o que mais precisava, vencer o jogo, abrindo distância segura do pesadelo da zona de rebaixamento e ainda com chances de acesso, mesmo que seja um sonho cada vez mais distante à medida que as rodadas passam.
A equipe celeste não se intimidou em jogar pelo resultado. Se como mandante costuma ter dificuldades para se impôr, como visitante tem se mostrado efetiva, ainda que o futebol apresentado deixe a desejar. Uma postura condizente com o que já fez na carreira o experiente técnico Luiz Felipe Scolari.
No momento nenhum cruzeirense parece se importar em jogar feio, desde que os resultados apareçam. Talvez o maior fã do grande esquadrão de 1966, campeão da Copa do Brasil; ou do timaço comandado por Alex em 2003, conhecido por ganhar o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e o Mineiro; faça ressalvas. Mas certamente irá comemorar os três pontos, mais importantes que o futebol bonito no atual momento celeste.
Com mais 13 pontos em 13 jogos a Raposa se livra da ameaça de rebaixamento. Então, poderá pensar em coisas maiores. Se não for nesta temporada, que seja na próxima.
Já o América segue em situação privilegiada para voltar à Série A, apesar do revés. A diretoria tem razão e o dever de reclamar da arbitragem, mas deve, principalmente, passar confiança à equipe, que está muito perto do principal objetivo do ano – se conquistar cerca de 50% dos pontos estará na elite em 2021.
Para isso, bastante manter o nível que vem apresentando quando enfrenta as equipes mais qualificadas. Não dá é para se equiparar com adversários nos embates contra quem está na parte de baixo da tabela.