O Cruzeiro reduziu em quase R$ 21 milhões a sua dívida com a Minas Arena no acordo homologado na 32ª Vara Cível de Belo Horizonte. A pendência se arrastava desde 2013, na gestão do ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares.
A Minas Arena pleiteava R$ 32.017.568,48 na Justiça. Contudo, ficou estabelecido um desconto que fez o passivo da Raposa diminuir para 20.086.857,49.
De pouco mais de R$ 20 milhões, foram deduzidos R$ 8.885.300,55 que estavam depositados em juízo no período em que o clube sofreu com bloqueios de bens antes do acordo para parcelar R$ 334 milhões com a União.
Assim, o débito do Cruzeiro, que superava R$ 32 milhões, caiu para R$ 11.201.556,94. A Minas Arena ainda concordou em receber a partir de julho de 2022 em 96 parcelas até meados de 2030.
Em nota, a diretoria celeste informou que o acordo abre possibilidades para investidores que tenham desejo de adquirir os naming rights do Mineirão. Neste cenário, a Minas Arena faturaria uma quantia mensal como forma de abatimento das parcelas acordadas.
O presidente Sérgio Santos Rodrigues comemorou o acordo em entrevista ao site oficial do Cruzeiro.
“Aos poucos, vamos tentando recolocar o Cruzeiro nos trilhos. Este é mais um grande acordo celebrado em nossa gestão, que tem trabalhado forte para resolver os problemas do clube.
“Depois de conseguirmos uma grande economia na ordem de mais de R$ 200 milhões em ações importantes que envolviam a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e o atleta Fred, agora estamos satisfeitos com o acordo feito com a Minas Arena, que contou com um grande trabalho do advogado Felipe Cândido e do nosso Departamento Jurídico.
“Todos sabem que o Mineirão é a casa do Cruzeiro e não estava legal convivermos com essas pendências. Nosso relacionamento com a Minas Arena, que já é muito bom, agora dá um passo importante para que, em um futuro próximo, possamos desenvolver ótimos projetos para o Clube e para a nossa torcida”.