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Felipão vê abalo psicológico no Cruzeiro com gols sofridos no início dos jogos no Mineirão

Time celeste somou apenas dois pontos nos últimos três duelos em casa

Redação
Felipão perdeu o primeiro dos oito jogos no comando da equipe - Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
O técnico Luiz Felipe Scolari afirmou que o time do Cruzeiro vem lidando com sucessivos abalos psicológicos em razão dos gols sofridos no início dos jogos no Mineirão. Nesta sexta-feira, Guilherme Castilho precisou de apenas quatro minutos para anotar um tento olímpico, o primeiro da vitória do Confiança por 2 a 1, pela 24ª rodada da Série B. Há uma semana, o Figueirense saiu na frente aos 11min, em finalização por cobertura de Léo Artur, no empate por 1 a 1. Já no último dia 9, o Guarani anotou o primeiro dos três tentos do empate por 3 a 3 com o meia Murilo Rangel.



“Aqui, nos últimos três jogos, saímos aos três, aos quatro e aos dez minutos tomando gol, coisa que faz com que nossa equipe fique totalmente desorganizada. Sabemos que temos algumas dificuldades na equipe sim, principalmente nesse aspecto psicológico e nas dificuldades de propor o jogo. Esses gols aos 3 ou 4 minutos faz com que nossa equipe se desarvore. Não adianta, nós sabemos disso. Vamos trabalhar em cima do projeto que temos para melhorar algumas situações de jogo aqui (no Mineirão) e esperar que as coisas corram bem até o final para atingirmos nosso objetivo”, disse Felipão.

Contra o Confiança, o Cruzeiro tomou o segundo gol aos 24min, em cobrança de pênalti de Renan Gorne. No intervalo, Felipão fez três mudanças: colocou Matheus Pereira, Filipe Machado e Marcelo Moreno nos lugares de Patrick Brey, Adriano e Régis. Aos 8min da etapa final, a equipe diminuiu o placar após cruzamento de William Pottker e cabeceio de Cáceres: 2 a 1. Apesar das inúmeras tentativas e chances desperdiçadas (10 finalizações nos últimos 45 minutos), o empate não veio.

“Temos que analisar o contexto. Estava 2 a 0, e nós fizemos três substituições. Essas três substituições, já estando um resultado de 2 a 0, comportam-se mais à vontade, porque o adversário já tem o resultado feito. E aí a gente vai ter um pouco de pressão a mais, vai tirar a pressão daqueles que estão entrando e vai melhorar a equipe. Foi o que aconteceu”, comentou Felipão, ao ser perguntado em entrevista coletiva se a melhora do time no segundo tempo ocorreu por causa das substituições.



Scolari lembrou que o time celeste criou chances para igualar, porém o adversário fez por merecer os três pontos. “No primeiro tempo tivemos o lance do Airton quando estava 1 a 0. Se fosse um cruzamento para trás, dois atacantes nossos (Pottker e Sobis) fariam o gol. A bola passou com o chute do Airton ao lado. Tivemos a cabeçada do Pottker, que foi mortal, nem se mexeu o goleiro adversário, mas passou ao lado. Poderíamos ter tido já no primeiro tempo uma situação de 2 a 1 ou até mesmo empate, aí a gente poderia ter melhorado ainda mais no segundo. Até fizemos o gol cedo, mas, infelizmente, não conseguimos fazer os outros gols. Tivemos uma cabeçada do Thiago, uma do Pottker, melhoramos sim, mas não a ponto de empatar ou fazer alguma coisa para ganhar”.

O tropeço em Belo Horizonte tirou a invencibilidade de nove jogos do Cruzeiro na Série B (quatro vitórias e cinco empates), além de decretar o primeiro revés de Felipão. A distância para o quarto colocado subiu para 12 pontos, pois o Cuiabá bateu o Avaí por 2 a 1, na Arena Pantanal, no Mato Grosso, e passou a contabilizar 40. Sem engrenar na Segundona, a Raposa segue em 15º, com 28, e corre o risco de ser ultrapassada pelo Vitória (16º, com 26) no encerramento da rodada. Para isso, o rubro-negro baiano dependerá de simples triunfo em cima do CRB, no estádio Barradão, em Salvador, às 18h30 deste sábado.