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Cruzeiro ganha confiança ao desbancar líder e busca sequência de vitórias na Série B

Time celeste quer dar salto na tabela de classificação nas próximas rodadas

Rafael Arruda
Rafael Sobis fez o gol da vitória da Raposa sobre a Chapecoense - Foto: Igor Sales/Cruzeiro
O torcedor do Cruzeiro que tinha perdido as esperanças de acesso enxergou uma luz no fim do túnel com a atuação da equipe na vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense, líder isolada da Série B, com 47 pontos. Mesmo com o bom posicionamento do adversário, o time celeste pressionou em busca de espaço, encaixou jogadas interessantes e mostrou que é capaz de oferecer a seus aficionados um futebol confiável e competitivo.



A carta na manga de Felipão foi a escalação de Rafael Sobis no lugar de Marcelo Moreno. O técnico ressaltou o objetivo de dificultar a marcação da Chape com um atleta com características de transitar por todos os lados do ataque. Além do gol de falta, aos 33min do segundo tempo, o camisa 23 acertou uma bola no travessão, em tiro livre aos 27min, e exigiu boa defesa do goleiro João Ricardo aos 17min da etapa inicial.

Quem também entrou com personalidade foi o volante Adriano, escolhido para atuar ao lado de Jadsom Silva em razão do deslocamento de Ramon à defesa - o time não contou com Cacá, que voltou a Belo Horizonte para acompanhar o nascimento do filho. O jovem de 21 anos teve grande importância para “clarear” o jogo com inversões em direção aos laterais e pontas. De 41 passes, ele acertou 33 (80%). De seis bolas longas, obteve êxito em quatro (66,6%).

O triunfo da Raposa não foi em cima de qualquer rival. Até então, a Chape havia sofrido apenas um gol em 11 jogos na Arena Condá, além de ter perdido somente uma vez em 22 rodadas na segunda divisão - 2 a 1 para o Cuiabá, em 28 de agosto, na Arena Pantanal. Entre as vitórias, destaque para o 5 a 0 diante da Ponte Preta, em 20 de outubro, no Moisés Lucarelli, em Campinas, pela 17ª rodada.



Acostumada a passar com tranquilidade pelos oponentes, a Chapecoense praticamente não incomodou o goleiro Fábio. Apesar da posse de bola superior, de 56%, o time catarinense só acertou uma das sete finalizações. Por sua vez, a equipe celeste obrigou João Ricardo a intervir em pelo menos três ocasiões de um total de 17.

Agora, o Cruzeiro contabiliza mais de 71% de aproveitamento com Felipão. São quatro vitórias em sete jogos (15 pontos em 21), com 10 gols marcados e cinco sofridos. O treinador segue com o discurso de pés no chão e evita falar em acesso. Segundo ele, a meta em curto prazo é tirar o time da parte de baixo da tabela - atualmente em 15º, com 28 pontos. O Juventude, quarto colocado, soma 37, enquanto o Náutico, 17º, tem 20.

Independentemente de se afastar do Z4 ou buscar aproximação ao G4, o Cruzeiro tentará incrementar vitórias à sequência invicta. Na sexta-feira, às 21h30, o time encara o Confiança, no Mineirão. Depois, desafiará a força do vice-líder América, que também é semifinalista da Copa do Brasil, no dia 2 de dezembro (quarta-feira), às 21h30, no Independência. No sábado (5), às 21h, será a vez de pegar o Brasil de Pelotas, em BH.



Em meio aos bons resultados de Scolari, os pontos somados a cada rodada e os tropeços de equipes que se encontram acima na classificação, o Cruzeiro vai mantendo acesa a chama do acesso. A distância que era de 13 pontos na 16ª rodada caiu para nove na 23ª. Repetir a postura de organização tática e movimentação demonstrada contra a Chape será fundamental para a continuidade dessa arrancada rumo à Série A em 2021.