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Série B

Análise: Cruzeiro toma choque de realidade

Empate contra o limitado Figueirense escancara as carências do time, mas técnico Luiz Felipe Scolari sabe que não terá reforços

Paulo Galvão
Referência do time, goleiro Fábio é esteio para um Cruzeiro que ainda não encontrou o rumo em 2020 - Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
Ao assumir o Cruzeiro, há pouco mais de um mês, o técnico Luiz Felipe Scolari chocou alguns torcedores ao afirmar que o principal objetivo era evitar o rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro. O tempo mostrou que ele estava com a razão e o empate em casa com o Figueirense, nesta sexta-feira, é só mais uma prova disso.



O time celeste continua cometendo erros básicos e evolui pouco. Há claras carências tanto defensivas quanto ofensivas e o treinador terá de se virar para fazer o time ser minimamente competitivo com o que tem, pois admitiu que não espera a contratação de reforços até o ano que vem.

O problema é que depois de 10 dias livres para trabalhar, pouca evolução foi apresentada. Ninguém duvida da qualidade do gaúcho, mas não dá para fazer omelete sem ovos, como diria o ditado.

O treinador recebeu reforços importantes, como Rafael Sóbis, cuja reestreia foi discreta. Também terá a volta de atletas que podem ser importantes pela experiência, tão prezadas por Felipão, como o zagueiro Leo e o volante Henrique.            

Mas eles também precisarão provar que estão com o espírito da Série B. Uma competição em que muitas vezes o pior pode ganhar do melhor com espírito de luta.



Talvez o principal desafio da Raposa seja mesmo compreender o meio em que está inserido. Em que camisa não é garantida de sucesso.