“É em comum acordo. Estamos discutindo há algum tempo, desde que começou essa confusão. Estamos conversando, e vai sair o acordo”, afirmou Casseb, em entrevista ao Superesportes. Perguntado se há alguma negociação em andamento com outra equipe, o agente explicou que tudo depende do andamento do encerramento do vínculo. “Não estamos conversando com ninguém antes de resolver a situação do Cruzeiro”.
Marcos Casseb não entrou em detalhes sobre os pormenores do acerto financeiro por se tratar de uma tarefa do departamento jurídico da TFM Agency. Ele explicou que antes do retorno de Marquinhos Gabriel à Toca, no início de setembro, após empréstimo ao Athletico-PR, alguns times da Série A fizeram sondagens. Porém, havia compromisso verbal do atleta com a Raposa.
“A gente tinha um compromisso verbal para o Marquinhos voltar ao Cruzeiro. Durante esse processo da saída do Athletico até a chegada ao Cruzeiro, muitas equipes nos procuraram para levar o Marquinhos. Mas estávamos apalavrados e não iríamos voltar atrás. O próprio Marquinhos estava apalavrado. Então, depois que ele volta ao Cruzeiro, se alguém procurou, eu não sei. Tem que ser com eles”.
"Quebra de confiança"
Marquinhos concordou em repactuar seus salários dentro do teto de R$ 150 mil durante a Série B, com a diferença a ser paga em 20 parcelas a partir de abril de 2021. O Cruzeiro apresentou essa condição ao jogador devido às dificuldades financeiras provocadas pelo rebaixamento à Série B e uma dívida geral de quase R$ 1 bilhão. Outros integrantes do elenco também aceitaram a medida: o goleiro Fábio, os zagueiros Léo e Manoel, o volante Henrique e o atacante Sassá.
De acordo com Casseb, o jogador perdeu a confiança a partir do momento em que a diretoria buscou reforços com remuneração acima do limite de R$ 150 mil (os nomes não foram citados). Por isso, Marquinhos procurou o técnico Luiz Felipe Scolari há quase duas semanas e pediu para que não fosse convocado ao duelo contra o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto (SP), no dia 6 de novembro, pela 20ª rodada da Série B.
“Foi dito a ele que havia um teto salarial, e ele aceitou jogar por muitos menos do que ele ganha. Depois, não existiu mais esse teto, foram contratar jogadores acima do teto. Eu acho que isso é um descumprimento. Não apenas um descumprimento, é uma quebra de confiança. O que gerou a volta dele ao Cruzeiro foi a confiança mútua. A partir do momento em que eles descumprem o que prometeram, houve uma quebra de confiança”.
Apesar do descontentamento de Marquinhos Gabriel, o empresário crê que clube e atleta vão chegar a um entendimento sem a necessidade de recorrer à Justiça do Trabalho. “Nossa conversa sempre foi para um acordo. Se fosse para ter entrado na Justiça, já teríamos feito há tempo. Estamos tentando fazer o melhor acordo possível para todos os lados, que seja vantajoso para ambos os lados”. Inclusive, conforme Casseb, o Cruzeiro deu aceite às condições. “O jurídico está conversando. O acordo já foi feito. Só falta assinar”.
Contratado em janeiro de 2019, Marquinhos Gabriel disputou 56 partidas pelo Cruzeiro, marcou quatro gols e deu sete assistências. No ano passado, ele conquistou o Campeonato Mineiro no primeiro semestre, porém integrou o elenco que amargou o rebaixamento à Série B ao terminar o Brasileirão em 17º lugar, com 36 pontos. Em 2020, o meia foi emprestado ao Athletico-PR, pelo qual anotou três tentos e contribuiu com três passes em 18 jogos.
Números
Contratado em janeiro de 2019, Marquinhos Gabriel disputou 56 partidas pelo Cruzeiro, marcou quatro gols e deu sete assistências. No ano passado, ele conquistou o Campeonato Mineiro no primeiro semestre, porém integrou o elenco que amargou o rebaixamento à Série B ao terminar o Brasileirão em 17º lugar, com 36 pontos. Em 2020, o meia foi emprestado ao Athletico-PR, pelo qual anotou três tentos e contribuiu com três passes em 18 jogos.