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Série B

Análise: Início de Felipão é promissor, mas há muitas deficiências a serem sanadas

Com aproveitamento de 77,7% em três partidas, treinador gaúcho dá novo ânimo à torcida do Cruzeiro, mas diz que trabalho está só començando

postado em 31/10/2020 00:42 / atualizado em 31/10/2020 08:19

(Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)
Considerado por alguns ultrapassado e reduzido por outros a mero motivador, o técnico Luiz Felipe Scolari tem início promissor neste retorno ao Cruzeiro. Em três jogos conseguiu duas vitórias e um empate, mas chamou atenção também a postura mais aguerrida e organizada da equipe, que até a chegada do pentacampeão do mundo com o Brasil em 2002 parecia conformada em ocupar as últimas posições da Série B do Campeonato Brasileiro.

De forma alguma há motivos para comemorações pela China Azul. A situação ainda é muito ruim, tanto dentro quanto fora de campo, com o clube tomado por disputas políticas e em grave situação financeira.

Porém, ao ver o time brigando por cada bola e se indignando com marcações da arbitragem que julga injustas dá alento ao torcedor. Perder faz parte do esporte, mas tem de ser lutando até o fim, como fez a Raposa no domingo passado, no Recife, quando buscou empate por 1 a 1 com o Náutico, e na vitória sobre o Paraná, nesta sexta-feira. 

Outro ponto favorável neste momento aos celestes é a lucidez demonstrada por Felipão nas entrevistas coletivas. Obviamente, ele tenta tirar a pressão sobre o próprio trabalho e também sobre os comandados, mas ao dizer que a primeira meta é fugir do rebaixamento à Terceira Divisão e que ainda há muito a ser feito, mostra sinceridade que muitos treinadores evitam.

Que ele aproveite bem o tempo que terá de treinamentos para seguir melhorando o Cruzeiro. E que a diretoria busque formas de reforçar o time e, principalmente, manter os salários em dia.

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