O diretor da base do Cruzeiro, Gustavo Ferreira, disse que o clube vai fortalecer a captação de atletas em Minas Gerais e, no futuro, pensa em um projeto para observar jovens no exterior. Em live no canal celeste no Youtube, o dirigente também comentou a nova política salarial da base.
"Acho fundamental a captação no estrangeiro. Na última Copa do Mundo, acho que 50% dos atletas tinham origem africana. Nós jogamos sábado com um menino do Fluminense, muito bom jogador. Então, a gente está atento ao mercado sul-americano e internacional", disse.
"A gente só pede um pouco de paciência, porque antes de olhar para a frente nós temos que arrumar a nossa própria casa. E nós estamos cuidando do nosso quintal. Estamos fortalecendo a nossa captação em Belo Horizonte, em Minas Gerais, em nossa região, para expandir depois para os outros lugares. E, quem sabe muito em breve, teremos atletas de outras nacionalidades no Cruzeiro", acrescentou.
Gustavo chegou ao Cruzeiro em junho. Antes, estava no Jabaquara, time que disputa a quarta divisão do Campeonato Paulista. Ele era funcionário da David Sports, empresa do atual diretor de futebol do Cruzeiro, o ex-atacante Deivid, que era o responsável pelas categorias de base da equipe paulista. Gustavo ainda tem experiência no Ceará e tem no currículo cursos de gestão do futebol na Fifa, Federação Paulista de Futebol e Universidade do Futebol. Ele também tem a Licença B da CBF.
Salários
Gustavo explicou as mudanças na remuneração dos jogadores da base. Agora, haverá aumento salarial se o atleta atuar em 60% das partidas nacionais e se tiver bom comportamento.
"Criamos para os atletas uma política salarial. Hoje, o atleta chega no Cruzeiro e sabe o que precisa fazer para poder ter um aumento. Não tem mais aumento baseado em ano. Passou um ano aumenta. Isso não tem mais. No Cruzeiro, só tem aumento e promoção se ele for titular em 60% das partidas em campeonatos nacionais e tiver um comportamento social. A gente criou política que 10% do salário é nota de todos os funcionários dentro do Cruzeiro", afirmou.
"Para o atleta ter aumento, ele precisa jogar, performar e fora de campo não pode dar problema. Se der problema, ele perde a bonificação. Essa nota é dada pelo monitor, pelo vigia, pelo nutricionista, o conjunto dos funcionários faz a avaliação, e o menino recebe o que tem direito. A gente se orgulha muito. Hoje, você não vai ver um jogador chegando ao profissional com um salário fora da realidade".