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Com nove gols em 2020, Zé Eduardo aguarda chances no Cruzeiro em meio à seca do ataque

Jogador atuou por apenas 12 minutos no empate por 0 a 0 com o Oeste

postado em 22/10/2020 06:00 / atualizado em 21/10/2020 20:18

(Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)
Em meio às dificuldades dos centroavantes, o Cruzeiro poderia encontrar em Zé Eduardo a solução dos problemas da posição. Afinal, o jovem de 21 anos, vinculado ao clube até janeiro de 2024, marcou nove gols em 11 jogos na temporada - quatro pelo Villa Nova, no Campeonato Mineiro (cinco partidas), e cinco pelo América de Natal, em Campeonato Potiguar, Copa do Brasil e Série D (cinco partidas). Contudo, ao regressar à Toca da Raposa, há um mês, o atleta contou com apenas 12 minutos para mostrar seu futebol diante do Oeste, pela 15ª rodada da Série B. Na ocasião, o técnico Ney Franco foi demitido depois do empate por 0 a 0, em 11 de outubro, na Arena Barueri, na Grande São Paulo.

Agora, Zé Eduardo tem a missão de encantar Luiz Felipe Scolari, que, por sinal, trabalhou com centroavantes icônicos em sua primeira passagem pelo Cruzeiro, de julho de 2000 a junho de 2001. Oséas terminou o Campeonato Brasileiro de 2000 como artilheiro da equipe, com 13 gols, enquanto Fábio Júnior balançou a rede nove vezes. Já Marcelo Ramos contabilizou sete tentos na Copa Sul-Minas de 2001, único título conquistado pelo treinador na Toca.

Outros exemplos de atletas de renome da posição dirigidos por Felipão são Mário Jardel, artilheiro da Copa Libertadores de 1995 pelo campeão Grêmio, com 12 gols; Ronaldo Fenômeno, destaque da Seleção Brasileira no título da Copa do Mundo de 2002, com oito gols em sete jogos; Pauleta, segundo melhor marcador da história da Seleção de Portugal (47 gols em 88 jogos); e Fred, que balançou a rede cinco vezes na Copa das Confederações de 2013 e ajudou o Brasil a ficar com a taça.

Assim, pela larga experiência de avaliação, Scolari prefere observar de maneira minuciosa nos treinamentos antes de definir quem será o titular. “O Zé Eduardo vem de um trabalho muito bom no América-RN, mas não posso, em dois dias, ouvindo as outras pessoas, decidir. Eu tenho que decidir por mim quando achar as coisas corretas. Se tiver que colocar no grupo, eu coloco. Se tiver que definir que quero outro jogador, vou dizer. Mas, em princípio, preciso de um pouco mais de tempo. Devagar, vou ajeitando o que posso”.

Na última terça-feira, o Cruzeiro contou com finalização de Arthur Caíke, atacante "de beirada", para garantir a vitória por 1 a 0 sobre o Operário, no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa (PR), pela 17ª rodada da Série B. Aos 39 minutos do segundo tempo, o camisa 7 bateu colocado no canto direito após receber assistência de Airton, que conduziu a bola desde a intermediária do meio-campo e ganhou na velocidade de dois adversários. 

Seca do ataque


Estatisticamente, Zé Eduardo vive melhor momento que os colegas de elenco. Considerado o grande nome entre os contratados de 2020, com direito a participação do empresário e conselheiro Pedro Lourenço (Supermercados BH), Marcelo Moreno fez apenas dois gols em 19 jogos e ainda está aquém do objetivo de recuperar a condição de maior artilheiro estrangeiro do Cruzeiro. O uruguaio Arrascaeta converteu 50 gols em 188 partidas, enquanto o boliviano contabilizou 47 em 112 jogos.

Dos dois gols de Moreno, um foi de pênalti, na vitória por 3 a 2 sobre o Guarani, no Brinco de Ouro, pela segunda rodada da Série B; e outro de cabeça, no empate por 1 a 1 com o CRB, no Mineirão, pela oitava rodada. Nem o tento assinalado pela Bolívia na derrota por 2 a 1 para a Argentina, em La Paz, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022, deu ao camisa 9 a tranquilidade necessária para encerrar o jejum pela Raposa.

Mas a fase ruim não se resume a Marcelo Moreno. Devolvido pelo Coritiba sob alegação de indisciplina, Sassá passou em branco em cinco jogos pelo Cruzeiro. Já o prata da casa Thiago, de 19 anos, somou três gols em 20 partidas. Ele não tem sido relacionado para os últimos compromissos, assim como Roberson, de 30 anos, com apenas um gol em 13 jogos. Até mesmo o artilheiro celeste na temporada alcançou números modestos: o meia Maurício tem cinco gols em 32 presenças.

Se vai escolher Zé Eduardo, Marcelo Moreno, Sassá ou outro jogador, Luiz Felipe Scolari precisa encontrar o mais rápido possível uma forma de encerrar a seca dos centroavantes. O Cruzeiro, que ainda enxerga uma luz no fim do túnel para conquistar o acesso à elite do Brasileiro, precisa primeiramente escapar da zona de rebaixamento, na qual ocupa a 18ª posição, com 16 pontos. No domingo, às 16h, haverá confronto direto com o Náutico (15º, com 18), no estádio dos Aflitos, no Recife, pela 18ª rodada. 

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