Integrante da comissão técnica principal do Cruzeiro desde janeiro, Célio Lúcio dirigiu o time no empate por 0 a 0 com o Juventude, sexta-feira, no Mineirão, pela 16ª rodada da Série B. Apesar do tropeço em casa, o auxiliar considerou boa a atuação e disse que os jogadores precisam aprimorar fundamentos específicos, como finalização, compactação e balanço defensivo. As observações serão repassadas a Luiz Felipe Scolari, que comandará o grupo a partir desta segunda-feira e estreará contra o Operário, às 21h30 de terça, no estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa (PR), pela 17ª rodada.
“Com certeza eu tenho essa leitura desde o início. Precisamos valorizar mais esse trabalho de finalização. Não que a gente não tenha trabalhado, mas, nas oportunidades que estamos tendo, não concluímos bem a gol (...)”, afirmou Célio Lúcio.
Diante do Juventude, o Cruzeiro se livrou de levar um gol aos 7min, quando Fábio espalmou pênalti cobrado por Renato Cajá. Foi a única oportunidade clara dos visitantes. No segundo tempo, a Raposa melhorou seu ímpeto ofensivo e criou três boas chances. Em duas, o goleiro Marcelo Carné se esticou no canto direito para defender cabeceios de Marcelo Moreno, aos 22min, e Ramon, aos 27min. Aos 48min, Welinton escapou bem pelo lado direito e rolou para Claudinho, que bateu rasteiro de primeira e tirou tinta da trave.
De acordo com o SofaScore, o Cruzeiro é o terceiro da Série B com a maior média de posse de bola (55,6%) e o segundo com mais grandes chances perdidas (17). Como não converteu as finalizações em gols suficientes para a obtenção de bons resultados, o time amarga a penúltima posição, com 13 pontos, e tem apenas 0,4% de probabilidade de retornar à primeira divisão, segundo o site Chance de Gol.
Felipão é quem terá a missão de conduzir a Raposa a um aproveitamento de quase 75% - entre 49 e 50 pontos - nas 22 rodadas restantes para, quem sabe, conseguir o acesso à Série A. A avaliação de Célio Lúcio será importante para que o treinador tenha referências de escalação e orientações ao elenco.
“Precisamos vivenciar mais o jogo do início ao fim. Às vezes a gente dá uma avoada no jogo, são aqueles segundos que a gente dispersa e acaba tomando o gol. Também precisamos de uma compactação melhor e um balanço defensivo melhor (...)”, comentou o auxiliar.
“São situações que preciso passar para o Felipão. Ele viu o jogo, a gente vai conversar, e eu vou passar para ele essa questão da compactação e do balanço entre as linhas. Acho que isso é muito importante hoje, senão a gente produz pouco, se desgasta e acaba enfrentando dificuldades no jogo. Tudo isso será passado para o Felipão, se Deus quiser ele vai chegar e corrigir bem essas situações”, concluiu Célio Lúcio.