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Tarefa de Felipão no Cruzeiro é inspirada em arrancada até o título no Palmeiras em 2018

Técnico tem o desafio de tirar time celeste do Z4 e conduzir ao acesso

postado em 18/10/2020 06:00 / atualizado em 18/10/2020 15:02

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Depois de ficar por mais de um ano sem clube, o técnico Luiz Felipe Scolari aceitou a missão de salvar o Cruzeiro da zona de rebaixamento da Série B e tentar brigar pelo retorno à primeira divisão em 2021. E é justamente o seu trabalho anterior pelo Palmeiras que pode servir de inspiração à Raposa.

Há pouco mais de dois anos, Felipão foi contratado pelo Verdão, em 28 de julho de 2018, para o lugar de Roger Machado. Na ocasião, o time ocupava a sétima posição do Campeonato Brasileiro, com 23 pontos, e vinha de derrota para o Fluminense, por 1 a 0, na 15ª rodada.

A diretoria palmeirense entendia que a colocação na Série A não condizia com a qualidade dos jogadores e o investimento em contratações. Por isso, apostou no perfil motivador de Scolari, que logo em sua chegada teve de lidar com a distância de sete pontos para o líder Flamengo.

Apesar do foco na Copa do Brasil e da Libertadores, Felipão conseguiu resultados expressivos com formações consideradas mistas no Brasileirão. A estreia foi em 5 de agosto, no empate por 0 a 0 com o América, no Independência. Depois, o time bateu Vasco (1 a 0), Vitória (3 a 0) e Botafogo (2 a 0).

No quinto jogo de Scolari no Brasileirão, o Palmeiras empatou por 0 a 0 com o Internacional, no Beira-Rio, em Porto Alegre, pela 21ª rodada. Posteriormente, obteve oito vitórias consecutivas, abriu quatro pontos (62 a 58) sobre o Flamengo na 30ª rodada e não saiu mais do topo.

Mesmo com a frustração das eliminações nas semifinais dos torneios de mata-mata - para Cruzeiro, na Copa do Brasil, e Boca Juniors, na Libertadores -, Luiz Felipe Scolari fez campanha que beirou a perfeição no Brasileirão. Sob o seu comando, o Palmeiras conquistou 16 vitórias e cinco empates em 21 jogos (84,12%) na Série A e foi campeão com 80 pontos - oito a mais que o vice Flamengo.

No Cruzeiro, Felipão viverá situação bastante diferente, mas que também exigirá paciência, confiança, conhecimento e determinação. Em 16 rodadas, a equipe aparece em 19º lugar, com apenas 13 pontos, e precisará contabilizar ao menos 49 dos em 66 em disputa - 74,24% - para ter a possibilidade de acesso, com 62. 

A tarefa será complicada, visto que a Raposa se mostrou bastante irregular e com dificuldade de criação de jogadas de ataque nos 15 primeiros duelos. Enderson Moreira obteve 45,83% de aproveitamento em oito partidas (três vitórias, dois empates e três derrotas), enquanto Ney Franco registrou 33,33% (duas vitórias, um empate e quatro derrotas). Os profissionais tiveram seus respectivos trabalhos prejudicados pela perda de seis pontos em razão de uma punição na Fifa.

Na sexta-feira, já com Felipão contratado, o Cruzeiro foi comandado interinamente pelo auxiliar Célio Lúcio e empatou por 0 a 0 com o Juventude, no Mineirão, pela 16ª rodada. O time teve algumas oportunidades no segundo tempo, em cabeceios de Marcelo Moreno e Ramon, além de chute rasteiro de Claudinho, mas acabou passando em branco. O goleiro Fábio ainda defendeu um pênalti de Renato Cajá aos 7 minutos do primeiro tempo.

Os atletas do Cruzeiro precisam assimilar rapidamente o perfil competitivo que Luiz Felipe Scolari pretende dar ao time já no duelo contra o Operário, às 21h30 de terça-feira, no estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa (PR), pela 17ª rodada. Jogando bem ou não, a vitória é fundamental para o clube sair do Z4, iniciar uma aproximação ao “bolo” intermediário da classificação e não perder de vista o grupo dos quatro primeiros.

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