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Análise do clássico: venceu o time de melhor conjunto

No primeiro duelo entre os times pela Série B do Campeonato Brasileiro, América se impôs por ser mais entrosado e ter jogadores em melhores condições que o Cruzeiro

Paulo Galvão
Zagueiro Eduardo Bauermann abriu o caminho do merecido triunfo americano no Mineirão e homenageou ator Chadwick Boseman, morto na sexta-feira - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press
No primeiro clássico entre América e Cruzeiro pela Série B do Campeonato Brasileiro, venceu a equipe que está à frente física, técnica e taticamente. Com a base de 2019, quando faltou um ponto para subir para a Primeira Divisão, o Coelho não teve dificuldades para se impor diante de uma Raposa irreconhecível no primeiro tempo, abrindo confortáveis 2 a 0.



No segundo tempo, a equipe celeste teve mais volume, porém isso se deveu mais ao fato de o adversário ter praticamente abdicado do ataque do que por méritos próprios. Foi um domínio estéril, sem chances reais de gol criadas, a não ser em bolas paradas, como a que resultou no belo gol de Arthur Caíke.

Os americanos têm motivo para comemorar o resultado, que acaba com longa sequência de insucessos em clássicos estaduais, mas precisam estar cientes da situação. Postura tão defensiva, em busca de uma única bola para “matar” o jogo, poderá custar caro contra equipes mais qualificadas. Ao menos o técnico Lisca parece ciente disso e promete melhorar a transição do time.

Já o Cruzeiro vai vivendo calvário. A equipe tem lutado, mas não consegue se entender dentro de campo. Alguns dos mais experientes deixaram a desejar, como ocorreu com os volantes Henrique e Ariel Cabral e o atacante Marcelo Moreno. E com isso, os jovens não conseguem sobressair, correndo risco de se queimarem. Cabe dar o mínimo de padrão tático ao time a Enderson Moreira, ou ao sucessor dele, caso a pressão pela demissão do comandante fique grande demais.