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Cruzeiro é condenado a pagar R$ 400 mil a Amarildo Ribeiro, ex-diretor da base

Decisão desta terça é em primeira instância e, portanto, cabe recurso

Tiago Mattar
Amarildo Ribeiro fez diversas cobranças ao Cruzeiro na Justiça - Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

A juíza Stella Fiuza Cançado, da 17ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, condenou o Cruzeiro a pagar R$ 400 mil ao ex-diretor das categorias de base, Amarildo Ribeiro. A decisão em primeira instância foi publicada nesta terça-feira e cabe recurso. O valor, que ainda deverá aumentar, é provisório e será corrigido na sequência da ação.  

Na decisão, a magistrada detalhou o que o Cruzeiro deverá pagar ao ex-dirigente, que era o homem de confiança do ex-vice-presidente de futebol, Itair Machado, na Toca da Raposa I:

  • Saldo do salário de outubro de 2019
  • Salários de e novembro e dezembro de 2019
  • Saldo do salário de janeiro de 2020
  • Aviso prévio indenizado de 33 dias
  • 13º salário de 2019
  • 13º salário proporcional de 2020
  • Férias vencidas, acrescidas de 1/3, em dobro
  • Férias proporcionais %2b 1/3
  • Diferenças de FGTS
  • Multas previstas nos artigos 467 e 477 da CLT
  • Honorários advocatícios 

Na defesa, os advogados do Cruzeiro questionaram os reajustes proporcionados a Amarildo, que saltou de R$ 15 mil, em julho de 2018, para R$ 35 mil, em fevereiro de 2019. A juíza, no entanto, não viu comprovação de ato ilícito. 


Contratado por Itair, com quem trabalhou no Ipatinga, Amarildo Ribeiro conduziu a base do Cruzeiro de junho de 2018 a dezembro de 2019. 

Em outubro de 2019, o então gestor de futebol Zezé Perrella chegou a afirmar que Amarildo Ribeiro fazia um bom trabalho no Cruzeiro e, por isso, iria mantê-lo na função mesmo com o "peso" da proximidade de um dirigente investigado por lavagem de dinheiro.

Porém, com a saída de Perrella do futebol e a entrada do Núcleo Dirigente Transitório, o Cruzeiro demitiu Amarildo oficialmente em janeiro de 2020.