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Presidente do Cruzeiro protocola pedido de exclusão de Wagner e Serginho do Conselho e de Itair do quadro de sócios

Documento será enviado ao presidente do Conselho, Paulo César Pedrosa

postado em 06/08/2020 18:16 / atualizado em 06/08/2020 19:57

(Foto: Vinnicius Silva e Igor Sales/Cruzeiro)
O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, oficializou nesta quinta-feira o pedido de exclusão de Wagner Pires de Sá e Sérgio Nonato do Conselho Deliberativo, além da expulsão de Itair Machado do quadro de sócios do clube. Ele mostrou os documentos que serão enviados a Paulo César Pedrosa, presidente do órgão, durante live no canal oficial da Raposa no YouTube.

“Isso vai ser divulgado no site do Cruzeiro. É com imensa satisfação que a gente vai fazer esse protocolo acabando a live, com muita tristeza a gente teve que fazer esse pedido. Tristeza porque ao relatar aqui os fatos que aconteceram no Cruzeiro na última gestão, a vontade é de chorar, a falta de zelo que os senhores Wagner Pires de Sá e Sérgio Nonato, como conselheiros, tiveram com a gestão do Cruzeiro. A gente está fazendo aqui e vamos disponibilizar esse pedido, eu já falei com o presidente Paulo Pedrosa, vamos protocolizar a exclusão, o banimento dos quadros do Cruzeiro os senhores Sérgio Nonato e Wagner Pires de Sá”, disse Sérgio, que espera aprovação maciça por parte dos conselheiros.

“Estou pedindo também para que todas as placas que façam menção a esse senhor que acabou com o Cruzeiro sejam retiradas da sede e, inclusive, no site que nunca mais conste o nome dele como ex-presidente do clube, que conste lá em 2018 e 2019 como presidente expulso pelo Conselho Deliberativo. Eu tenho certeza que ao ler isso aqui, todos os conselheiros irão votar dessa forma e vão concordar com o que a gente está pedindo, porque é isso que todo mundo quer.  Aqui tem transparência, tem responsabilidade e honestidade”, complementou.

Sérgio Rodrigues criticou uma contestação de Wagner Pires à ação na 35ª Vara Cível de Belo Horizonte que solicita o ressarcimento de R$ 6,8 milhões ao Cruzeiro, valor referente ao pagamento de prestação de serviços da Futgestão Assessoria Esportiva Ltda, de propriedade de Itair Machado. O ex-presidente acusa o clube de agir de má-fé e requer cobrança de multa de 1% a 10% da causa - entre R$ 68 e R$ 680 mil. “Esse senhor vem, no processo da Justiça, dizer que o Cruzeiro age com má-fé. O Cruzeiro age com má-fé? Olha no espelho senhor Wagner, olha no espelho para o senhor saber o que você fez aqui dentro do Cruzeiro”.

Na sequência da resposta, o presidente deu ênfase ao banimento de Itair Machado. “Vamos fazer também o pedido junto à Assembleia Geral para que o senhor Itair Machado seja excluído do quadro de associados do Cruzeiro Esporte Clube também, já que ele é sócio do clube, ainda bem que não veio para a chapa do Cruzeiro. Então, esses pedidos serão protocolizados e tenho certeza que essa será uma reunião muito aguardada não só por nós, mas também por toda a torcida do Cruzeiro”.

Como fez na reunião extraordinária de segunda-feira, no Barro Preto, para aprovação da venda do imóvel Campestre II, Sérgio lembrou que cada um dos 450 conselheiros do Cruzeiro representa 20 mil torcedores - considerando que o clube teria em torno de 9 milhões de adeptos espalhados pelo país. Ele também se mostrou confiante no inquérito conduzido pela Polícia Civil e pelo Ministério Público sobre suspeitas de corrupção na gestão de Wagner Pires, Itair Machado e Sérgio Nonato.

“Como eu falei na segunda-feira, cada conselheiro é responsável por 20 mil torcedores, então eu tenho certeza que a torcida quer, o Conselho quer e nós queremos que os senhores sejam expulsos do clube e não passem nem na porta, porque é um absurdo e um descaso o que eles fizeram em dois anos. Confiamos muito no trabalho da Polícia Civil, do MP, eu tenho certeza que em breve boas notícias em relação a isso virão. Esse protocolo vai ser feito hoje, os conselheiros vão receber uma cópia e eu tenho certeza que esses senhores serão banidos do Cruzeiro Esporte Clube”.

Eleito em outubro de 2017 para um mandato de três anos, Wagner Pires de Sá renunciou à presidência do Cruzeiro em 2019, após o rebaixamento do time à Série B do Campeonato Brasileiro. Seu mandato ficou marcado pelo crescimento expressivo da dívida, calculada em R$ 803 milhões, segundo a auditoria Moore. Antecessor de Wagner, Gilvan de Pinho Tavares havia deixado o clube há pouco menos de três anos com passivo inferior a R$ 400 milhões.

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