Nos últimos meses, o Cruzeiro foi condenado em primeira instância em vários processos na Justiça do Trabalho. Do técnico Mano Menezes ao preparador de goleiros Danilo Augusto da Silva, passando pelo volante Bruno Silva, entre tantos outros. Ciente dos problemas, o presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, trabalha com alto passivo trabalhista para o ano que vem.
"Gosto de explicar isso já que recebo notícias: 'Fulano acionou o Cruzeiro, Ciclano acionou o Cruzeiro'. Isso tudo não vai repercutir no Cruzeiro de hoje para amanhã. A gente já imagina que possa vir de alguma forma e trabalha para contingenciar para, no momento certo, atacar este problema. Mas a gente tem noção dele", disse o presidente, em reunião com os conselheiros, nessa segunda-feira.
Rombo nas contas
Por causa do rombo nas contas causado pela gestão de Wagner Pires de Sá, que no último ano apresentou déficit de R$ 394 milhões, o Cruzeiro deixou de pagar vários funcionários nos últimos anos, que acionaram o clube na Justiça.
Dívidas de gestões anteriores também estão chegando. Depois de fazer um acordo com o volante Charles em 2016, o clube não o pagou. Por isso, a Justiça fez bloqueios nas contas da Raposa de aproximadamente R$ 557 mil em julho. Novos bloqueios podem ocorrer se o clube não honrar seus compromissos na Justiça.
Salários
O Cruzeiro estabeleceu teto de cerca de R$ 150 mil para 2020 e renegociou com alguns jogadores do elenco o pagamento do restante dos vencimentos para o ano que vem. Assim, o clube terá mais um passivo importante em 2021.