Em meio à apresentação da proposta de votação para o aval da venda da Sede Campestre II, o que foi aprovado por unanimidade em reunião extraordinária nesta segunda-feira, o presidente Sérgio Santos Rodrigues revelou preocupação com o caos financeiro no Cruzeiro. O clube, que já foi punido com perda de seis pontos na Série B do Brasileiro, ainda precisa quitar dívidas e pode sofrer mais sanções, incluindo o rebaixamento para a terceira divisão.
Sérgio Rodrigues revelou aos conselheiros que o Al Wahda pediu à Fifa o rebaixamento do Cruzeiro para a Série C. O Cruzeiro ainda não quitou o débito pelo empréstimo do volante Denilson, em 2016, e o clube árabe solicitou ordem de execução do pagamento de R$ 5,3 milhões que tem a receber pela cessão do jogador, o que inclui ainda a punição com a queda para a terceira divisão.
Na fala aos conselheiros, o presidente disse que o Al Whada fez o pedido formal à Fifa há duas semanas. “Temos o problema do Al Wahda, que já causou a perda de seis pontos do Brasileiro. O Al Wahda está pedindo agora a execução do não pagamento, até hoje, destes seis pontos perdidos, que podem acarretar no rebaixamento à Série C. A única punição que pode ter isso, mas nem posso pedir a explicação da gravidade”, declarou o mandatário.
Com a punição anterior determinada pela Fifa, o Cruzeiro começará a Série B com seis pontos negativos. O clube mineiro estreia contra o Botafogo-SP, neste sábado, às 19h, no Mineirão, já como lanterna. Foi a primeira sanção sofrida pela Raposa na ação do Al Wahda pelo pagamento de Denilson. O pagamento ainda terá que ser feito e o valor, corrigido, é de R$ 5,3 milhões (850 mil euros).
O Cruzeiro também precisa quitar débito com o Spartak Moscou, da Rússia, referente ao empréstimo do atacante Pedro Rocha, em 2019, de cerca de R$ 2,4 milhões. O clube tem prazo até o próximo dia 6 de agosto, prazo estipulado pela Fifa, para encerrar a dívida. Do contrário, a punição será o impedimento do registro de novos jogadores.