Conselheiros do Cruzeiro aprovam venda da Sede Campestre II para pagar dívidas

Em reunião extraordinária na noite desta segunda-feira, no Parque Esportivo do Barro Preto, os conselheiros do Cruzeiro aprovaram por unanimidade a venda da Campestre II, anexa à sede social no bairro Santa Branca, na região da Pampulha, para a quitação de dívidas. Com o aval dos 223 integrantes do Conselho Deliberativo que estiveram na votação, o imóvel, atualmente usado como estacionamento por uma empresa terceirizada, poderá ser negociado para o clube pagar débitos cobrados na Fifa. 

A venda do imóvel, considerado pela diretoria deficitário, já que era utilizado para um estacionamento, com prejuízo para a empresa que montou o empreendimento, foi defendida pelo presidente Sérgio Santos Rodrigues. Antes da votação, o dirigente explicou a necessidade de a Campestre II ser negociada como fonte de receita para o pagamento de dívidas anteriores do clube.

Depois da votação unânime para a venda da Campestre II, o presidente considera que a aprovação de 100% do Conselho mostra a credibilidade da atual diretoria no processo de recuperação do clube. “Essa votação mostra o apoio ao trabalho que vem sendo feito, todos os nossos esforços para fazer o novo Cruzeiro dar certo”, declarou o mandatário aos canais oficiais do Cruzeiro nas redes sociais.

Sérgio Rodrigues destacou ainda o fato de a reunião extraordinária ter sido transmitida ao vivo pela TV Cruzeiro, o que segundo ele mostra ainda transparência da diretoria. “A gente fez questão não só de pedir que fosse aprovada essa alienação, mas também explicar o motivo da necessidade dela, de tudo o que a gente vem fazendo. Marcamos uma era, passamos ao vivo uma reunião do conselho pela primeira vez, esse é o nosso objetivo e quero agradecer o apoio de todos nas redes sociais e de todos os conselheiros que aprovaram o nosso pedido por aclamação”, acrescentou.

O Cruzeiro ainda tem dívidas a quitar em processos na Fifa. Como a referente ao empréstimo do volante Denilson ao Al Whada, em 2016, no valor de 850 mil euros (R$ 5,1 milhões). O clube mineiro não pagou o débito no prazo determinado pela entidade, em maio deste ano, e foi punido com a perda de seis pontos na Série B do Brasileiro. A diretoria precisa levantar fundos para liquidar a cobrança em nova data a ser estabelecida, sob pena de a Raposa ser rebaixada à terceira divisão.

O Cruzeiro também precisa quitar débito com o Spartak Moscou, da Rússia, referente ao empréstimo do atacante Pedro Rocha, em 2019, de cerca de R$ 2,4 milhões. O clube tem prazo até o esta quinta-feira, 6 de agosto, para encerrar a dívida. Do contrário, a punição será o impedimento do registro de novos jogadores.