O técnico Mano Menezes não compareceu à audiência on-line da Justiça do Trabalho relativa à ação contra o Cruzeiro. A defesa do treinador também foi ausência na sessão virtual da manhã desta segunda-feira, que teve o supervisor Benecy Queiroz e os advogados Gilmara Cristina Seixas e Davidson Malacco Ferreira como representantes celestes. Devido à falta do treinador, o clube solicitou o arquivamento imediato do processo.
A juíza Solainy Beltrão dos Santos concedeu dois dias de prazo para o técnico se justificar pela ausência sob pena do arquivamento do processo, conforme artigo 6° do 3° parágrafo da Resolução 314 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Posteriormente, o advogado de Mano, Flávio Martins, alegou problemas para conexão à videoconferência como motivo da falta e solicitou uma nova data para a audiência entre as partes.
“Reitera-se que os procuradores e o Reclamante estavam com acesso através do link informado, já com nome e e-mail cadastrados, aguardando o início da solenidade. Foram diversas tentativas de ingresso na audiência, porém, em nenhum momento houve a autorização de acesso.
Embora todas as cautelas realizadas, assim como constou na ata de audiência (id e57fe73) certamente ocorrera impossibilidade técnica de comparecimento, embora o Reclamante e procuradores estivessem com acesso constantes antes mesmo do horário da audiência, houve este problema de ingresso na sala virtual”, explicou Martins nos autos do processo.
À tarde, a magistrada responsável por julgar o caso aceitou as justificativas da defesa de Mano. Assim, as partes vão se reunir em audiência una designada para a terça-feira da próxima semana (28/7), às 9h15, na 42ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte.
Embora todas as cautelas realizadas, assim como constou na ata de audiência (id e57fe73) certamente ocorrera impossibilidade técnica de comparecimento, embora o Reclamante e procuradores estivessem com acesso constantes antes mesmo do horário da audiência, houve este problema de ingresso na sala virtual”, explicou Martins nos autos do processo.
À tarde, a magistrada responsável por julgar o caso aceitou as justificativas da defesa de Mano. Assim, as partes vão se reunir em audiência una designada para a terça-feira da próxima semana (28/7), às 9h15, na 42ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte.
Mano Menezes entrou na Justiça do Trabalho contra o Cruzeiro em 19 de maio. No processo, ele cobra rescisão, FGTS, multas e outras verbas trabalhistas. O clube tinha um acordo de R$ 1,9 milhão com o técnico peo encerramento contratual, mas não cumpriu. O valor total da causa é de R$ 4.326.934,00.
Uma segunda ação é movida por Mano contra o Cruzeiro, também protocolada em maio deste ano, na 27ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. Neste, ele reivindica o recebimento de direitos de imagem. O valor atualizado do débito é de cerca de 1,1 milhão.
Mano no Cruzeiro
Mano Menezes ocupa a quarta posição entre os técnicos que mais dirigiram o Cruzeiro, com 235 partidas. Contando os números da primeira passagem, no segundo semestre de 2015, foram 112 vitórias, 69 empates e 54 derrotas. A Raposa marcou 333 gols e sofreu 205 sob o comando do treinador. Foram duas conquistas da Copa do Brasil, em 2017 e 2018, além de dois títulos estaduais, em 2018 e 2019.
Após três anos consecutivos de trabalho, a segunda passagem de Mano pela Toca terminou em agosto de 2019. Ele deixou o cargo depois de derrota para o Internacional, no Mineirão, pelas semifinais da Copa do Brasil.
Veja o que Mano Menezes cobra do Cruzeiro na Justiça
Rescisão do contrato de trabalho - R$ 1.349.424,11
Saldo de salário: R$ 23.333,33
13º salário proporcional: R$ 58.333,33
Férias proporcionais: R$ 66.666,67
1/3 de férias: R$ 20.888,89
Salário proporcional: R$ 111.111,11
Diferenças salariais: R$ 700.000,00
Saldo de salário de junho/2019: R$ 199.597,00
Saldo de salário de julho/2019: R$ 362.903,00
Multa art. 477 da CLT: R$ 600.000,00
Multa art. 467 da CLT: R$ 876.249,90
Diferenças de FGTS: R$ 69.537,77
Honorários advocatícios de 15% sobre o valor da condenação