Depois de iniciar o Campeonato Mineiro com vitórias nos três primeiros jogos, o Cruzeiro contabilizou apenas cinco pontos nos seis duelos seguintes (27,7% de aproveitamento) e ficou em situação delicada para se classificar às semifinais. Quinto colocado, com 14 pontos, o time celeste tem 23,1% de chances de avançar ao mata-mata, de acordo com os cálculos de probabilidade do Departamento de Matemática da UFMG.
Bicampeão consecutivo em 2018 e 2019, o Cruzeiro terá de vencer a URT no duelo de 26 de julho (domingo), às 16h30, pela 10ª rodada, para se manter vivo no torneio e tentar alcançar o tri. Inicialmente marcado para o Mineirão, o jogo pode acontecer no interior, visto que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, mostra-se pouco propenso a liberar a realização de eventos esportivos na capital mineira devido ao aumento de casos do novo coronavírus.
Além da obrigatoriedade de superar a URT, a Raposa ficará de olho no resultado da Caldense contra o Tupynambás, também em 26 de julho, às 16h, em Juiz de Fora. É que na quarta-feira seguinte (29), às 21h30, as equipes fazem confronto direto no Estádio Ronaldo Junqueira, em Poços de Caldas, no Sul de Minas.
No momento, a Caldense é a quarta colocada, com 17 pontos, 14 gols marcados e oito sofridos (saldo de seis). Já o Cruzeiro, com três pontos a menos, marcou 12 gols e levou dez (dois de saldo). Por isso, os matemáticos da UFMG estipulam as chances de a Veterana passar de fase em 79,8%.
Estatisticamente, o único time que não pode mais ser alcançado pelo Cruzeiro é o América, líder da competição, com 21 pontos, e já garantido nas semifinais. Contudo, o Tombense, segundo colocado (20), e o Atlético, terceiro (18), estão com as vagas bem encaminhadas - 99,84% e 95,3% de probabilidade, respectivamente.
Assim, o foco cruzeirense é a Caldense. E para conseguir cumprir o objetivo, a diretoria contratou Enderson Moreira, que estava no Ceará, para o lugar de Adilson Batista, demitido depois da derrota por 1 a 0 para o Coimbra, em 15 de março, no Independência. Durante quatro meses de paralisação do campeonato, o técnico pôde conhecer o grupo, indicar reforços e montar uma nova formação.
O time de Enderson terá o desafio de evitar uma queda inédita na primeira fase desde que o regulamento do Campeonato Mineiro passou a prever jogos em turno único entre os participantes (12 ou 14) e duelos eliminatórios (quatro ou oito clubes) para definir os campeões.
O marco comparativo é a edição de 2004, na qual o Cruzeiro ficou em terceiro na fase classificatória e se sagrou campeão ao superar o América, na semifinal, e o Atlético, na decisão.
O marco comparativo é a edição de 2004, na qual o Cruzeiro ficou em terceiro na fase classificatória e se sagrou campeão ao superar o América, na semifinal, e o Atlético, na decisão.
Posteriormente, a equipe celeste veio a faturar os estaduais de 2006, 2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019, além de ser vice em 2005, 2007, 2013 e 2017. Em 2010, 2012, 2015 e 2016 os reveses ocorreram nas semifinais.
Participações do Cruzeiro no Mineiro (desde 2004)
2019 - campeão (2º na primeira fase)
2018 - campeão (1º na primeira fase)
2017 - vice (2º na primeira fase)
2016 - semifinal (1º na primeira fase)
2015 - semifinal (2º na primeira fase)
2014 - campeão (1º na primeira fase)
2013 - vice (1º na primeira fase)
2012 - semifinal (2º na primeira fase)
2011 - campeão (1º na primeira fase)
2010 - semifinal (3º na primeira fase)
2009 - campeão (2º na primeira fase)
2008 - campeão (1º na primeira fase)
2007 - vice (1º na primeira fase)
2006 - campeão (2º na primeira fase)
2005 - vice (1º na primeira fase)
2004 - campeão (3º na primeira fase)