O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, considera que a pandemia do novo coronavírus, que afetou as atividades esportivas no mundo e atingiu em cheio os cofres dos clubes de futebol, trouxe não apenas consequências ruins. Se por um lado provocou problemas financeiros, por outro, no caso da Raposa, o dirigente conseguiu enxergar um lado positivo da COVID-19: mais tempo para o técnico Enderson Moreira remontar o time. 

Sérgio Santos Rodrigues disse que a paralisação forçada pela pandemia mundial trouxe problemas com a diminuição drástica das receitas dos clubes. No caso do Cruzeiro, embora as perdas não tenham sido insignificantes, ele considera que o prejuízo foi menor que em outras agremiações do futebol nacional. 

“Ninguém espera ou deseja que isso (pandemia) aconteça, de forma alguma. O Cruzeiro vinha jogando com prejuízo, tínhamos despesas em todos os jogos. Nós tínhamos um plano ousado de match day (dia de partidas) para ter rentabilidade, mas isso nós deixamos de ter”, avaliou o presidente, em entrevista à Rádio Itatiaia. 

Por outro lado, Sérgio Rodrigues disse que o técnico Enderson Moreira, que assumiu no lugar de Adilson Batista com o futebol já paralisado na Toca da Raposa II, terá a chance de aproveitar o tempo de treinamentos para conhecer melhor o grupo, indicar reforços e montar um time ideal para a retomada da temporada. Além do restante do Mineiro, o Cruzeiro terá a sequência da Copa do Brasil e o Brasileiro da Série B. 

“Por outro lado, na parte técnica, tivemos uma troca de técnicos e o Enderson poderia ter que trocar pneus com o carro andando. E ele teve tempo para treinar o time e permitir que a gente reforce. (A pandemia) Tem os prós e os contras. Na situação específica do Cruzeiro, não há só contras. É ruim para os atletas, que ficaram muito tempo sem treinar. Tudo está na balança. O lado bom é que o Cruzeiro sofreu menos impacto na pandemia que outros clubes”, observou.