O Avaí, adversário do Cruzeiro na Série B do Campeonato Brasileiro, poderá ser o próximo destino de Edilson. Em entrevista à rádio CBN, o presidente do clube catarinense, Francisco Battistotti, revelou que seu gerente de futebol, o ex-jogador Marquinhos, recebeu uma ligação do lateral-direito antes mesmo da rescisão com a Raposa, anunciada em 5 de junho.
“Antes de o Edilson sair (do Cruzeiro) ele ligou para o galego (Marquinhos, gerente de futebol do Avaí) e pediu: ‘Me leva para o Avaí’. O galego veio até mim, disse ‘pô, presidente’. Eu disse, ‘galego, eu estou com o copo transbordando. Quem é que não quer trazer o Robinho ou Edilson? Mas o copo está transbordando’. Se eles vieram com a realidade do Avaí, como veio Ralf e Valdívia, tudo bem. Mas se não for na realidade, nós vamos aguardar”, disse.
Em abril, quando participou de uma live promovida pelo Cruzeiro, Edilson contou versão diferente. Ele garantiu ter recebido três ofertas para deixar o clube, mas teria definido a permanência em Belo Horizonte por “acreditar no destino” e desejar permanencer na Toca da Raposa II. Em janeiro, à Rádio Grenal, o lateral-direito afirmou que 2020 seria “um grande momento” para retornar ao Grêmio.
Robinho e Edilson faziam parte do grupo de jogadores que tinham remunerações acima do “teto” de R$ 150 mil estipulado pelo conselho gestor no início da temporada. Assim como o goleiro Fábio e o zagueiro Leo, eles aceitaram receber dentro dos limites orçamentários do Cruzeiro, com a diferença sendo parcelada em 20 vezes a partir de abril de 2021. Com salário de R$ 500 mil, o lateral-direito tinha contrato com a Raposa até dezembro de 2020, enquanto o meio-campista, cujo ordenado girava em torno de R$ 450 mil, estava vinculado até o fim de 2021.
No Cruzeiro desde abril de 2016, Robinho disputou 180 partidas, marcou 25 gols e deu 32 assistências. Um de seus momentos mais marcantes foi na final da Copa do Brasil de 2018, quando abriu o placar para a vitória sobre o Corinthians, por 2 a 1, na Arena Corinthians, em São Paulo. Ao mesmo tempo em que se mostrou um jogador de qualidade técnica e boa visão de jogo, enfrentou problemas de lesão em sua passagem pela Toca. O camisa 19 ganhou duas edições da Copa do Brasil, em 2017 e 2018, e duas do Campeonato Mineiro, em 2018 e 2019.
Já Edilson, contratado ao Grêmio em negociação que envolveu os meias Alisson e Thonny Anderson, não conseguiu cair nas graças dos torcedores. Apesar de ter se sagrado campeão da Copa do Brasil, em 2018, e do Campeonato Mineiro, em 2018 e 2019, o lateral-direito alternou bons e maus momentos, sendo por várias vezes substituído em sua posição pelo volante Lucas Romero. Com a camisa celeste, anotou três gols em 75 jogos.
No Campeonato Brasileiro de 2019, Robinho e Edilson ficaram marcados pela péssima campanha que decretou o inédito rebaixamento celeste à segunda divisão. O Cruzeiro terminou o Campeonato Brasileiro em 17º lugar, com 36 pontos (sete vitórias, 15 empates e 16 derrotas), e encerrou um ano manchado por suspeitas de corrupção na administração do ex-presidente Wagner Pires de Sá. De acordo com o balanço financeiro divulgado pelo clube, foi contabilizado um déficit de R$ 394 milhões na temporada passada.