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Presidente vê um dos casos 'mais graves do século', e STJD mantém pena do Cruzeiro; clube terá cinco jogos com portões fechados

Clube celeste foi julgado nesta terça por incidentes no duelo com Palmeiras

09/06/2020 16:40 / atualizado em 09/06/2020 17:20
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Arquibancadas do Mineirão se transformaram em praça de guerra
foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press

Arquibancadas do Mineirão se transformaram em praça de guerra

O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, nesta terça-feira, manter a punição de três jogos com portões fechados ao Cruzeiro pelos incidentes no duelo diante do Palmeiras. A derrota celeste por 2 a 0, em dezembro de 2019, na última rodada do Campeonato Brasileiro, selou o rebaixamento do clube à Série B e foi cercada de muita confusão nas arquibancadas.

Como já havia sido punido em última instância pelos incidentes em jogos diante de Atlético e CSA, também pela Série A, o Cruzeiro precisará cumprir cinco jogos com portões fechados. Em um deles, o clube precisará estampar uma faixa nas arquibancadas informando o motivo da decisão. Pelos problemas no duelo diante do Palmeiras, ainda há uma multa de R$ 50 mil.

No julgamento, realizado por videoconferência nesta terça, o presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, chamou atenção ao classificar o episódio no Mineirão como “um dos casos mais graves do século”. 

Um dos casos mais graves do século. A postura da diretoria nesse episódio foi lamentável. A tragédia poderia ser maior, mas também poderia ser evitada. A diretoria não pensou nos torcedores e na segurança. Guerra campal e uma partida que não acabou. Fico tranquilo em aplicar essa penalidade. Tragédia anunciada e estava claro para todos nós”, disse Paulo César Salomão Filho.

O Cruzeiro foi punido com base no artigo artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê punição aos clubes que "deixarem de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto, invasação ao campo ou lançamento de objetos no campo"

No julgamento desta terça, o advogado do Cruzeiro, Theotônio Chermont, defendeu que o Tribunal não poderia "condicionar o cumprimento a um belo dia ficarem liberadas o retorno das torcidas aos estádios". No entanto, a punição deve mesmo ser cumprida apenas após o fim da pandemia de coronavírus.


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