Com as eleições de Paulo César Pedrosa e Nagib Simões para presidência e vice-presidência do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, o Conselho Fiscal passou a ser liderado por Afrânio Humberto Greco, empossado mandatário na última quarta-feira (3).O órgão terá a missão de analisar o balanço financeiro de 2019, que contabilizou déficit de R$ 394 milhões na gestão de Wagner Pires de Sá.
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Afrânio Humberto Greco é ligado ao ex-presidente cruzeirense Zezé Perrella, de quem foi secretário parlamentar no Senado, em Brasília. O escritório de apoio do político, senador por Minas Gerais entre 11 de julho e 31 de janeiro de 2019, chegou a contar com 27 cargos comissionados.
Em consulta ao Portal da Transparência do Senado Federal, o Superesportes verificou que Greco recebeu remuneração bruta de R$ 2.053,64 nos três primeiros meses de 2017. Em abril, maio e junho não constam pagamentos ao funcionário. Em julho, Afrânio passou a embolsar R$ 7.949,61. Já em agosto, os vencimentos saltaram para R$ 16.429,19.
Em 2018, Afrânio Greco teve o salário reajustado para R$ 17.217,78. Com descontos de imposto de renda e INSS, o valor líquido caía para aproximadamente R$ 13 mil. O secretário também era contemplado com auxílio-alimentação de R$ 982,28.
Antes de ser registrado como secretário, Afrânio foi auxiliar parlamentar júnior, de janeiro de 2015 a dezembro de 2016,cujo ordenado bruto girava entre R$ 1,8 e R$ 1,9 mil mensais. Com o término do mandato de Perrella, ele deixou o quadro de comissionados do Senado.
Em julho de 2019, Greco fez parte da chapa Força Azul, vencedora do pleito do Conselho Fiscal do Cruzeiro. Além dele, Paulo César Pedrosa e Nagib Simões, o grupo contava com Wander Gonçalves Santos, Tarcísio Dionísio Vítor e João Luiz Silva.
A reportagem do Superesportes se coloca à disposição de Afrânio Greco para ouvi-lo sobre sua atuação no gabinete do ex-senador Zezé Perrella, bem como a respeito do trabalho no Conselho Fiscal do Cruzeiro.