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Derrotados no Conselho se reúnem com Sérgio Rodrigues e decidem não judicializar eleição do Cruzeiro

Deliberação saiu de um encontro que também teve a participação de Sérgio Santos Rodrigues

Tiago Mattar
Eleição para a presidência do Conselho Deliberativo do Cruzeiro foi decidida voto a voto - Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Derrotados na eleição para a presidência do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, Giovanni Baroni, Paulo Sifuentes e Luiz Carlos Rodrigues decidiram, nesta segunda-feira, que não vão judicializar o pleito que deu vitória a Paulo César Pedrosa. A deliberação saiu de um encontro que também teve a participação de Sérgio Santos Rodrigues, novo mandatário do clube.



Embora entenda que a eleição de Pedrosa foi ‘imoral’ devido à participação de 29 conselheiros que haviam sido expulsos por descumprirem o Estatuto durante a gestão de Wagner Pires de Sá, o grupo concluiu que novo processo na Justiça aumentaria ainda mais a crise vivida pelo Cruzeiro. O processo também poderia gerar complicações para a gestão de Sérgio Rodrigues.

Novo encontro, possivelmente nesta quarta-feira, deverá deliberar sobre novos posicionamentos do grupo, que promete agir junto como uma “oposição responsável” a Pedrosa. Estarão em pauta na nova reunião, agora com participação de todos os integrantes das chapas derrotadas, decisões sobre posicionamentos em possível eleição para definição de conselheiros natos e propostas de reforma estatutária.

A chapa ‘Somos Todos Cruzeiro’, liderada por Paulo César Pedrosa, de 65 anos, foi vitoriosa na eleição do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, realizada na última quinta-feira. Ele assumirá o órgão em 1º de junho e terá mandato até 31 de dezembro de 2020. Foi uma disputa muito apertada. Pedrosa recebeu 112 votos, apenas dez a mais que Baroni (102). O terceiro colocado no pleito foi Paulo Sifuentes, com 99 votos. Já Luis Carlos Rodrigues teve 34 votos.



Além de Pedrosa, a mesa diretora do Conselho será composta por Nagib Simões (vice-presidente), Evandro Vassali (1º secretário) e Marcus Edmundo Lambertucci (2º secretário).

Entenda o caso

A eleição para a presidência do Conselho Deliberativo do Cruzeiro foi decidida voto a voto. No fim, graças a urna na qual estavam os votos dos conselheiros reintegrados pela Justiça após exclusão no quadro do clube, Paulo César Pedrosa venceu o pleito.

Na urna cinco, Paulo Pedrosa recebeu 20 votos a mais que Baroni. Antes da contagem desta urna, Pedrosa estava em terceiro lugar. 

Até o fim da urna quatro, a parcial era a seguinte:
 
Giovanni Baroni: 97 votos
Paulo Sifuentes: 90 votos
Paulo Pedrosa: 87 votos
Luiz Carlos Rodrigues: 35 votos
 
Os números da urna 5 definiram a eleição:
 
Paulo Pedrosa: 25 votos (número final: 112 votos)
Giovanni Baroni: 5 votos (número final: 102 votos)
Paulo Sifuentes: 9 votos (número final: 99 votos)
Luiz Carlos Rodrigues: 4 votos (número final: 35 votos)

Além de votos de 29 conselheiros que haviam sido expulsos do Conselho e que procuraram a Justiça para participar da eleição, a urna cinco recebeu cédulas de outros integrantes do quadro.

“Os votos dos que conseguiram o direito na Justiça estavam na urna 5. Assim como votos de outros conselheiros também”, afirmou o presidente da Comissão Eleitoral do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, ao Superesportes, após a apuração.