Todos os mandatos terão duração de sete meses - 1º de junho a 31 de dezembro de 2020. Novo pleito será marcado para outubro ou novembro, quando serão eleitos mandatários para o próximo triênio (2021-2023). Concorrem ao cargo de presidente o advogado Sérgio Santos Rodrigues, da chapa ‘Centenário’, e o empresário Ronaldo Granata, da chapa ‘Cruzeiro Primeiro’.
Já para a presidência do Conselho Deliberativo, concorrem Paulo César Pedrosa, da chapa 'Somos Todos Cruzeiro'; Paulo Roberto Sifuentes, da chapa 'Renovação Azul'; Giovanni Baroni, da chapa 'Transparência e Reconstrução', além de Luiz Carlos Rodrigues Filho, da chapa 'Independente'. Clique aqui para ler detalhes de todas as chapas concorrentes.
A partir de agora, o Superesportes te ajuda a entender por que a eleição desta quinta-feira é uma das mais importantes da história do Cruzeiro. Leia nos tópicos abaixo:
Sucessão de Wagner
Diferentemente de outros pleitos, esse terá um peso especial por marcar a escolha do sucessor de Wagner Pires de Sá, que renunciou ao cargo de presidente do Cruzeiro em dezembro de 2019 após uma série de denúncias de corrupção. O ex-mandatário e vários de seus diretores são investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público por suspeitas de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológica.
Novo Estatuto
No Conselho Deliberativo não é diferente, muito embora esse pleito sempre seja tratado em segundo plano. A mesa diretora que assumir o cargo muito possivelmente terá a missão de conduzir a reforma do Estatuto do Cruzeiro, documento que contempla todas as leis internas do clube. O próximo presidente do órgão deverá convocar a Assembleia Geral, em que conselheiros suplentes e associados do clube também participam, para apreciar um novo Estatuto.
Série B do Campeonato Brasileiro
O novo presidente terá a missão de conduzir o Cruzeiro em um desafio inédito de sua trajetória: a Série B do Campeonato Brasileiro. O mandatário eleito terá a responsabilidade de organizar um time que começou mal a temporada e garantir que ele seja recolocado na elite do futebol brasileiro, mesmo tendo, possivelmente, que iniciar a competição com menos seis pontos em função de punição da Fifa por dívida contraída em 2016 e não quitada.
Dívidas emergenciais
E há outras dívidas emergenciais. O novo presidente precisará equacionar pendências com clubes do exterior, que cobram débitos na Fifa, para evitar perda ainda maior de pontos na Série B e até um iminente rebaixamento à Série C do Campeonato Brasileiro. Vale lembrar que dois dias antes da posse, em 29 de maio, o Cruzeiro precisa quitar um valor em aberto pela compra do atacante Willian Bigode, hoje no Palmeiras. O montante está na casa dos R$ 11 milhões.
Salários atrasados
Embora o Conselho Gestor, que assumiu a administração do Cruzeiro em dezembro, garanta que há possibilidade de pagar todos os salários de jogadores - duas folhas estão atrasadas - antes de 'passar o bastão', o novo presidente terá que restabelecer a segurança do elenco. Nos últimos anos, o clube viveu grande instabilidade financeira e não conseguiu honrar com os compromissos em diversas oportunidades.
Reestruturação de departamentos
Diferentemente de um Conselho Gestor, que já assumiu o clube com dirigentes orientados a realizar funções em departamentos específicos, o novo presidente precisará reestruturar cada uma das áreas, como financeiro, marketing, comercial, e encontrar novos profissionais. A escolha certeira será fundamental para que o clube consiga voltar a funcionar em sua plenitude.
Nova gestão de base
Sem um diretor dedicado desde que Ricardo Drubscky foi promovido ao departamento profissional, as categorias de base do Cruzeiro precisarão ser reformuladas. Caberá ao novo presidente dar maior atenção à Toca da Raposa I, que poderá gerar receitas para ajudar o clube a sair do caos financeiro em que se encontra.
Projeto do centenário
Embora não tenha confirmação de que será o presidente do centenário, o novo mandatário do Cruzeiro ficará responsável por todo o planejamento para 2021, ano em que o clube completará 100 anos. Caberá ao presidente eleito viabilizar (até financeiramente) as comemorações, a criação de um possível museu ou memorial, jogo festivo, entre outras possibilidades de festa.