Maior organizada ligada ao Cruzeiro, a Máfia Azul e o grupo de torcedores ‘Nascidos Palestra, Forjados Cruzeiro (NPFC)' - que não é uma organizada -’ fizeram ameaças aos conselheiros que, expulsos do clube, garantiram o retorno na Justiça.
Tanto a Máfia quanto o NPFC, grupo que liderou as manifestações contra a gestão do ex-presidente Wagner, disseram em suas redes sociais que vão fiscalizar a eleição do Cruzeiro, que ocorrerá na próxima quinta-feira, dia 21 de maio.
"Não iremos tolerar a presença de pessoas que exploravam o Cruzeiro no passado, pois de agora em diante trataremos todos da maneira que merecem", disse a Máfia Azul no Twitter.
"Quem tem medo, pula fora! Porque vai lombrar! (sic)", acrescentou a organizada.
O grupo de torcedores ‘Nascidos Palestra, Forjados Cruzeiro’, principal responsável pelas manifestações de 2019, que culminaram nas renúncias do ex-presidente Wagner Pires de Sá e de seus vices, Hermínio Lemos e Ronaldo Granata, disse que 'vigiará' os conselheiros.
"Nós iremos marcar presença nas eleições levando a voz e pensamento dos torcedores que só pensam no Cruzeiro. Os dirigentes e conselheiros serão vigiados! Cruzeiro é do povo e não de cartolas e 500 conselheiros", destacou a NPFC.
"O torcedor não aceitará calado a afronta de conselheiros expulsos poderem votar! O torcedor não aceitará mais essa quadrilha que tomou posse do Cruzeiro continuar agindo. Alguns tratam o Cruzeiro como zona. Nós mostraremos como se trata nosso clube", acrescentou a organizada.
Entenda o caso
Em 17 de abril, o presidente em exercício do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, José Dalai Rocha, assinou a expulsão de 30 membros do órgão. Todos eles foram remunerados pela administração de Wagner Pires de Sá, o que é proibido pelo Estatuto do Cruzeiro.
Estão na lista nomes como de Gustavo Perrella, filho do ex-presidente Zezé Perrella, e Sérgio Nonato, ex-diretor-geral do clube. Também foram expulsos integrantes do núcleo duro da Família União, principal ala de apoio do ex-presidente Wagner Pires de Sá no Conselho Deliberativo. São eles Vitório Galinari, Luiz Cláudio “Xedinho” Rocha, Hudson Barbosa de Moura, Wilmer Zaratini Mendes, entre outros.
Decisão da Justiça suspendeu as expulsões. Presidente da comissão eleitoral, Gilvan de Pinho Tavares afirmou à reportagem que já tomou conhecimento da decisão e que o clube recolherá as 30 cédulas, mas separadamente. "Isso já havia sido definido na reunião com as chapas na manhã de hoje (terça-feira). Se a decisão judicial fosse definida, eles votariam separadamente. Assim será", disse.