O deputado estadual Léo Portela (PL) se reuniu com o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, Wagner Pinto de Souza, nesta terça-feira e informou em suas redes sociais que o inquérito que investiga ex-dirigentes do Cruzeiroestá próximo de ser concluído.
"[A Polícia Civil] já possui dados para indiciamento, aguarda detalhes do laboratório de lavagem de dinheiro para finalizar", afirmou o deputado.
Acabo de me reunir com o Chefe da PCMG, Dr. Wágner Pinto, que informou que o inquérito que investiga Itair e cia. será concluído nos próximos dias. Já possuem dados para indiciamento, aguardam detalhes do laboratório de lavagem de dinheiro para finalizar. Pelo #Cruzeiro tudo! pic.twitter.com/PMdeLe0sjI
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil e ainda espera um posicionamento do órgão sobre a investigação.
Desde o ano passado, a Polícia Civil apura denúncias contra a gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá por suspeita de falsificação de documentos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
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Os escândalos no clube vieram à tona após matéria exibida no programa Fantástico, da TV Globo, em 26 de maio do ano passado. À época, foram divulgadas possíveis irregularidades em transações e valores superfaturados pagos a empresas prestadoras de serviço.
A denúncia mais grave era sobre um empréstimo de R$ 2 milhões contraído pelo Cruzeiro com o empresário Cristiano Richard dos Santos Machado, sócio de firmas que atuam na locação de veículos e de equipamentos de proteção.
Como forma de quitação do débito com Cristiano Richard, o clube, segundo inquérito da Polícia Civil, incluiu parte dos direitos de jogadores do profissional, como Raniel (5%), Murilo (7%), David (20%) - esses três já foram vendidos pelo clube -, Cacá (20%) e de outros que passaram pela base e foram negociados, casos de Gabriel Brazão (20%) e Vitinho (20%). O Cruzeiro ainda inseriu participação em futura venda do promissor Estevão William, de apenas 12 anos, que, pelas leis trabalhistas, só poderá assinar vínculo laboral a partir dos 16.
Outras operações apuradas pela Polícia Civil são os aumentos substanciais nos salários de dirigentes - casos do vice-presidente de futebol Itair Machado e do diretor-geral Sérgio Nonato -, a contratação de conselheiros para prestação de serviços (pessoa física e pessoa jurídica) e o pagamento a torcidas organizadas.
Vale lembrar que o Cruzeiro aumentou a dívida geral de R$ 384 milhões para R$ 520 milhões de 2017 para 2018.
Entre outros, são investigados o ex-presidente Wagner Pires de Sá, o ex-diretor jurídico Fabiano de Oliveira Costa, o ex-diretor-geral Sérgio Nonato e o ex-vice de futebol Itair Machado.
A antiga cúpula do Cruzeiro também é investigada pelo Ministério Público de Minas Gerais, que instaurou procedimento investigatório criminal para averiguar possíveis irregularidades praticadas por dirigentes do clube.
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