O zagueiro Leo relembrou momentos da campanha pífia que levou o Cruzeiro, pela primeira vez na história, a disputar a Série B, em 2020. No Brasileiro do ano passado, o defensor, um dos líderes do grupo, disse que alguns jogadores se revoltavam com a situação da equipe e de casos de indisciplina no grupo, mas que, por questão de hierarquia, ação mais forte teria que partir da diretoria.
Em entrevista ao portal Deus me Dibre, no YouTube, Leo foi perguntado sobre o armador Thiago Neves, criticado por muitos torcedores e até companheiros por seguidas polêmicas como ‘noitadas’ e cobrança pública por causa de atraso no pagamento de salários. Em resposta bem-humorada, o defensor contou episódio engraçado, mas ressaltou que havia cobrança entre os jogadores.
“Não faltou cobrança, não faltou exigência, houve dias em que exigimos muito. E quase jogamos ele (Thiago Neves) dentro do armário, passamos a ele várias questões. Só que tem uma questão que somos funcionários do clube, há coisas que vêm de cima, da diretoria, e somos pressionados como um todo”, frisou o zagueiro, apontando a hierarquia no clube.
“Eu não posso multar ninguém, não posso contratar ou mandar embora. Não sou dirigente, sou funcionário. Então, há uma hierarquia no clube e precisamos respeitar. Nós somos funcionários e temos que fazer o nosso papel dentro de campo. A gente conversa, dialoga, mas dentro de campo. Não contratamos, não pagamos salários, não multamos jogadores”, ressaltou.
Ele sugeriu que a diretoria é quem poderia ter tomado alguma atitude para coibir qualquer ato de indisciplina naquele momento. “Nos revoltamos, não ficamos de acordo com muita coisa, observamos, mas todos temos um limite. Não somos donos do clube, somos funcionários e todos têm mesmo limite e as mesmas obrigações. E sabemos que há a hierarquia, somos meros funcionários e procuramos fazer o máximo para que o trabalho seja bom”, declarou.
Foco só dentro de campo
Apesar de um ano que continuou com polêmicas nos bastidores, resultados ruins e demissão de treinador, Leo considera que o Cruzeiro precisa deixar qualquer tipo de disputa de lado e se concentrar na volta à divisão de elite do Brasileiro. Em momento de disputa eleitoral, o defensor disse que o grupo não pode entrar na política e tirar o foco de dentro de campo.
"Independentemente da política do clube, o que queremos é subir. Vamos fazer juntos, vai ser difícil, mas nosso objetivo é subir, não interessa se será como o Grêmio, em 2005, nos Aflitos, ou como ocorreu com outros clubes. Nosso objetivo é subir e fazer o melhor para esse clube, que é gigante e tem história de títulos. E com o torcedor ao nosso lado. Precisamos de todos remando juntos", receitou.