O médico do Cruzeiro, Sérgio Campolina, comentou sobre o processo de retomada dos clubes à rotina de treinos. Assim como o clube celeste, outras equipes brasileiras passam pelo processo de voltar às atividades, ainda que com os atletas fazendo atividades particulares.
Com a certeza que o futebol mineiro será reiniciado, no mínimo, em junho, o primeiro passo para os clubes é o trabalho à distância, com as comissões técnicas comandando atividades por vídeos aos atletas. Posteriormente, o planejamento deve fazer com que os jogadores passem a ir ao centro de treinamento, mas com atividades individualizadas, a fim de não conter aglomerações.
Sérgio Campolina explica que, em um primeiro momento, readaptar os atletas à realidade do futebol é o mais importante. Além disso, o médico ressalta a importância de cumprir protocolos para manter a segurança no retorno aos trabalhos fora do ambiente doméstico.
“Eu acredito que quanto mais informação e embasamento, mais seguro você fica. O aprendizado da pandemia é diário. E o que dá segurança é seguir os protocolos. Levando em consideração que muitos atletas estão fazendo atividades em casa, você fazer esse mesmo projeto dentro de ambiente controlado é mais seguro. Na verdade, não iremos tirar o atleta da casa e jogá-lo no mundo. Colocaremos eles em um ambiente seguro. Todos os contatos por ventura for ter, são pessoas testadas, sob orientação de profissionais capacitados. O que a gente quer é criar um ambiente de segurança para uma volta real. Quando falo para voltar ao clube, não é para voltar a jogar rápido. É para condicioná-lo, trazer para a realidade do esporte. A gente quer ampliar a segurança para os nossos atletas. Vejo a volta ao treino para somar, não como algo temerário”, explicou Campolina.
As medidas a ser tomadas são discutidas em conjunto entre profissionais da saúde dos três clubes de Belo Horizonte. A ideia é diminuir a insegurança quando for o momento de voltar a conduzir as atividades. Até esta semana, Cruzeiro, Atlético e América não iniciaram atividades no centro de treinamento.
“A primeira questão é padronizar, fazer com que todos os clubes tenham um norte. Tem ocorrido uma troca de informações e ideias para que todos tenham uma mesma linha de conduta. Aqui em Minas Gerais, eu, o doutor Rodrigo Lasmar (Atlético) e o Cimar (América) já fizemos um protocolo único até mesmo o contato com os laboratórios que darão assistência deve ser o mesmo. Tentar ao máximo diminuir toda insegurança”, revela o médico.