O Superesportes apurou que Dalai decidiu colocar fim aos mandatos de 29 conselheiros. Entre eles, Gustavo Perrella, filho do ex-presidente Zezé Perrella, e Sérgio Nonato, principal aliado do ex-presidente Wagner Pires de Sá. Inicialmente, a lista tinha 31 nomes, mas dois conseguiram escapar da punição após apresentarem defesas convincentes.
O motivo da decisão é que todos eles foram remunerados pela antiga administração, como pessoas físicas ou jurídicas, mesmo mantendo os mandatos como conselheiros. O Estatuto do clube proíbe essa prática em seu artigo 18. Gustavo Perrella, de acordo com Pires de Sá, foi remunerado por três meses com vencimentos de R$ 95 mil. Ele teria prestado consultoria ao Cruzeiro.
Algumas fontes ouvidas pela reportagem, no entanto, entendem que, para a decisão ter validade, precisa ser assinada também pelos outros membros da Mesa Diretora do Conselho Deliberativo. Fazem parte do grupo Paulo Sifuentes, que está em rota de colisão com Dalai, e o 1º secretário Waldeyr de Paula.
Algumas fontes ouvidas pela reportagem, no entanto, entendem que, para a decisão ter validade, precisa ser assinada também pelos outros membros da Mesa Diretora do Conselho Deliberativo. Fazem parte do grupo Paulo Sifuentes, que está em rota de colisão com Dalai, e o 1º secretário Waldeyr de Paula.
Sérgio Nonato, por sua vez, assinou seu primeiro contrato com o Cruzeiro em 6 de abril de 2018, com salário de R$ 60 mil por mês. Duas semanas após a assinatura, Serginho, como é conhecido, teve os vencimentos reajustados. No primeiro aditivo, ele recebeu luvas de R$ 300 mil pagas em maio de 2018 e aumento salarial para R$ 75 mil a começar no mês de junho.
No fim de 2018, o então diretor-geral recebeu um novo aumento. O salário dele saltou para R$ 125 mil mensais. Com luvas e remuneração, ele embolsou R$ 875 mil naquele ano – o valor não contabiliza os bichos e premiações que o ex-dirigente recebeu por títulos conquistados pelo Cruzeiro dentro de campo.
Ainda estão na lista dos expulsos integrantes do núcleo duro da Família União, principal ala de apoio do ex-presidente Wagner Pires de Sá no Conselho Deliberativo. São eles Vitório Galinari, Luiz Cláudio “Xedinho” Rocha, Hudson Barbosa de Moura, Wilmer Zaratini Mendes, entre outros.
Antes do início das apurações, pelo menos dois conselheiros remunerados pelo Cruzeiro renunciaram aos mandatos e evitaram a expulsão. São eles o assessor da presidência e do Conselho Deliberativo, Rogério Nunes, e o atual diretor comercial, Renê Salviano. Ambos seguem prestando serviços ao clube, mas não fazem mais parte do órgão.
A Comissão de Ética e Disciplina é formada pelos conselheiros Gustavo Gatti, Antônio Carlos Santana, Paulo Sávio Cunha Guimarães, Valter Batista Teixeira e Celso Luiz Chimbida. Em seu artigo 18, inciso IV, o Estatuto do Cruzeiro prevê que o grupo poderá excluir membros do Conselho se entender que existiu “falta de natureza grave” de algum associado. Mas como a turma não foi referendada em reunião do Conselho, só pôde sugerir ao presidente do órgão que tomasse a decisão.
Gustavo Perrella e Sérgio Nonato não foram encontrados pela reportagem para comentar a decisão do presidente em exercício do Cruzeiro, José Dalai Rocha.
Gustavo Perrella e Sérgio Nonato não foram encontrados pela reportagem para comentar a decisão do presidente em exercício do Cruzeiro, José Dalai Rocha.