O grupo também revelou que poderá incluir parte de direitos econômicos de jovens jogadores como garantia nas negociações. Os responsáveis pelas tratativas são Kris Brettas, superintendente jurídico do Cruzeiro, e o advogado Breno Tannuri, especialista em direito desportivo.
“Algumas (dívidas) já estão em trânsito em julgado e precisamos pagar. Para isso, estamos em contato com cada um individualmente, tentando criar um condomínio de credores. Esse condomínio seria parcelado e daríamos como garantia (percentual de direitos econômicos) de jogadores da base, jogadores do profissional, e outras receitas que são possíveis. Isso é o que está sendo feito no momento”, afirmou Gatti.
“Algumas delas (dívidas) têm mais de cinco anos e precisam ser pagas. Precisamos arrumar dinheiro para pagamento. A nossa dívida, com o dólar alto, vai a mais de R$ 50 milhões. Ela não é mês que vem. Ela tem um perfil de curto e médio prazo. Essa dívida na Fifa, nós temos um advogado no Rio de Janeiro, que é o Breno Tannuri, junto com o Kris Brettas, e eles estão tentando renegociar algo dentro da Fifa”, complementou.
São cobradas na Fifa dívidas por contratações de jogadores que foram apenas parcialmente quitadas ou completamente ignoradas por antigas gestões. Entre elas, estão as chegadas de Willian, Luis Caicedo, Ramón Ábila, Rafael Sobis, Riascos, Arrascaeta, Pedro Rocha, além de outras.
Condomínio de credores
O condomínio de credores é uma iniciativa que já foi adotada por equipes como Atlético e Grêmio no passado. Na prática, o clube coloca um valor possível a ser desempenhado mensalmente, e essa quantia é dividida entre os credores, seguindo alguns critérios, até que todo o montante seja quitado para cada um deles.