O técnico do Sub-20 do Cruzeiro, Rogério Micale, acredita que a base possa ser um suporte, mas não a salvação para o elenco profissional do clube. Segundo o treinador, é preciso retirar um pouco da carga de responsabilidade que está depositada nos jovens atletas.
"Nós temos que tomar muito cuidado com esse momento que o clube vive. A gente não pode jogar toda uma carga de salvação e uma expectativa muito grande em cima destes jovens atletas. Como falei, eles ainda não têm a maturidade suficiente para carregar um peso destes. Pode carregar? Pode. Mas não vejo isso como certo", disse Micale, em entrevista à rádio 98FM.
"Falo que um trabalho vai ser positivo por causa das expectativas que são criadas. Se a gente criar uma expectativa que a base do Cruzeiro vai salvar o Cruzeiro, eu não concordo com isso. A base é um suporte para a montagem de uma equipe com experiência, qualidade e maturidade. Neste caso, a base fica como suporte. Mas esperar que seja o carro chefe para que todas as soluções se resolvam, a base não vai ser", acrescentou.
Hoje, o Cruzeiro conta com vários jogadores da base no elenco profissional: os goleiros Victor Eudes, Vinícius e Denivys; os laterais Valdir e Rafael Santos; os zagueiros Arthur, Cacá, Edu e Paulo; os volante Adriano, Jadsom e Pedro Bicalho; os meias Marco Antônio e Maurício; e os atacante Alexandre Jesus, Caio, Thiago, Welinton e Vinícius Popó.
Técnico da equipe principal, Enderson Moreira também segue a mesma linha de raciocínio de Micale.
"Não podemos ter apenas um time de meninos. Temos que ter uma mescla de jogadores experientes, jogadores jovens, jogadores que estão no melhor momento de carreira nas questões físicas e técnicas, atletas entre 24 e 29 anos", disse Enderson, em sua coletiva de apresentação.