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Capitão do Cruzeiro, Leo diz que redução de salários em função do coronavírus é 'inevitável'

Zagueiro apontou que compreende decisão tomada pelo clube celeste

postado em 01/04/2020 15:08 / atualizado em 01/04/2020 15:17

(Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)

Capitão do Cruzeiro e um dos principais líderes do elenco, o zagueiro Leo comentou a decisão do clube de cortar 25% dos salários de jogadores e funcionários a partir de 21 de abril, quando eles retornarão de férias coletivas. A medida emergencial foi definida em função da pandemia de coronavírus, que paralisou o calendário brasileiro.

Em entrevista à ESPN, o defensor afirmou que a redução é ‘inevitável’, uma vez que a disseminação do vírus impede a realização de jogos e afeta todos os setores da economia mundial. Leo indicou que patrocinadores do clube também paralisaram parcerias em função das dificuldades financeiras. 

“A questão de concordar é muito específica. O Brasil todo passa por situação difícil com a crise financeira. Dos grandes empresários, aos patrocinadores do clube, ao vendedor de picolé na rua, ao cara que tem um comércio. Muitos estão passando por dificuldades financeiras por não poder praticar suas atividades e acaba afetando o futebol. Você não pode abrir estádio, não tem jogo, os patrocinadores paralisaram seus patrocínios e a dificuldade vem”, disse. 

“Os jogadores não são diferentes. Não adianta a gente só pensar na gente e dizer que não concorda. Não tem isso. É uma questão global. O jogador de futebol está nessa fatia. O clube é seu pagador de salários, passa por dificuldades, e a gente participa dessa fatia. São questões que a gente se adequa também (...) Nós, jogadores brasileiros, vamos sofrer e entrar na redução de salário. É inevitável. Tomara que essa pandemia passe o mais rápido possível’, complementou.

Vale lembrar que, antes de definir o corte de salários em função do coronavírus, o Cruzeiro já havia renegociado vencimentos com jogadores que permaneceram no clube para o processo de reconstrução. Estão entre eles o goleiro Fábio, o zagueiro Leo, o lateral-direito Edilson e os meio-campistas Ariel Cabral e Robinho

Em nota divulgada nesta quarta-feira, o Cruzeiro disse que, para tomar a decisão, se apoiou na Lei n. 13.979/2020, a Medida Provisória nº 927, o art. 503 da consolidação das leis trabalhistas.

Ainda de acordo com o Cruzeiro, as medidas precisam ser tomadas em função dos "impactos econômicos já verificados pela pandemia e os que ainda se verificarão, exigindo a necessidade de medidas emergenciais e temporárias".

COVID-19

Nesta quarta-feira, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) confirmou a terceira morte causada pelo novo coronavírus no estado. Segundo informe epidemiológico da SES, outras 45 mortes são investigadas. Ainda de acordo com o relatório, o número de infectados no estado subiu para 314. Os casos suspeitos somam 34.018.

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