Em isolamento social pela pandemia de coronavírus desde o último dia 17, o zagueiro Cacá atendeu ao Superesportes para uma entrevista. Uma das maiores revelações do Cruzeiro nos últimos anos, o jovem defensor, que completa 21 anos no próximo mês, analisou os três primeiros meses do clube celeste e admitiu um início de ano ruim.
Apesar do momento dramático vivido pelo mundo em função da crise de saúde, Cacá mostrou esperança com a sequência da temporada e, principalmente, com a contratação do técnico Enderson Moreira. “Nunca trabalhei com ele, mas alguns atletas já trabalharam e falaram muito bem dele. Ele está vindo porque sabe que o time tem condição de sair desta situação”, disse.
Por fim, o defensor respondeu questionamentos sobre a concorrência no grupo e a possibilidade de deixar o Cruzeiro em 2020. Após ter sido demitido do comando técnico do clube, Adilson Batista afirmou que trabalhou neste ano para ajudar a vender a jovem promessa.
Ao longo dos últimos meses, o Athletico-PR fez uma proposta de cerca de R$ 10 milhões por Cacá. O CSKA, da Rússia, também sinalizou com oferta na casa dos R$ 20 milhões, mas acabou não oficializando o interesse até o fechamento da janela de transferências.
Ao longo dos últimos meses, o Athletico-PR fez uma proposta de cerca de R$ 10 milhões por Cacá. O CSKA, da Rússia, também sinalizou com oferta na casa dos R$ 20 milhões, mas acabou não oficializando o interesse até o fechamento da janela de transferências.
Leia, na íntegra, a entrevista com o zagueiro Cacá:
Como você tem passado a quarentena? Está em Belo Horizonte? Tem realizado atividades de condicionamento?
Tenho passado esses dias somente em casa, com minha esposa e meu cachorro, em BH mesmo. Estou fazendo em casa os treinos que foram passados pela comissão técnica do Cruzeiro. Estou seguindo à risca. Passaram também os cuidados que temos que ter. É um momento de conscientização de todos, cada um tem que fazer sua parte para superarmos essa pandemia
No último jogo com o Adilson, você acabou perdendo a posição de titular. Também não foi escalado para a partida contra o Uberlândia, rodadas antes. Você concorda que começou 2020 pior do que terminou 2019? Se sim, qual a explicação para isso?
Não está sendo um bom ano para o Cruzeiro, infelizmente o time não está numa boa fase, então automaticamente a gente também sente uma pressão e nem sempre consegue dar o melhor. Eu entro em campo sempre para dar o meu melhor pelo Cruzeiro. Nem sempre a gente consegue, mas o esforço é sempre neste sentido. Esperamos evoluir quando retomarmos os treinos e os jogos, depois da quarentena, com o professor Enderson. Tenho certeza que vamos trabalhar muito para evoluir e alcançarmos nosso objetivo maior deste ano, que é voltar à Série A.
O Cruzeiro contratou recentemente dois zagueiros (Ramon e Marllon). Ambos foram, inclusive, titulares no último jogo sob o comando do Adilson. Como você vê essa concorrência no Cruzeiro?
O Cruzeiro contratou dois bons zagueiros, é uma concorrência forte, mas eu estou me dedicando para buscar meu espaço. Eu treino para isso. As coisas vão acontecer naturalmente no tempo de Deus. Os meninos chegaram para ajudar o Cruzeiro e eu vou continuar mostrando o meu trabalho, da melhor forma possível, me dedicando todos os dias para poder tirar o Cruzeiro desta situação.
Adilson disse em mais de uma oportunidade que tentou ajudar o Cruzeiro a vendê-lo, indicando que esse também era o desejo do clube. Ficou algum tipo de chateação?
"Não fica chateação porque eu sei que o clube precisa de dinheiro e por isso acaba precisando vender jogadores. São coisas do futebol. Tenho respeito pelo professor Adilson e agradeço por todos os ensinamentos que me passou nesse tempo que ele ficou no Cruzeiro.
Realmente havia alguns clubes interessados no meu futebol, mas não houve acordo entre os clubes, e eu também preferi seguir no Cruzeiro para ajudar na reconstrução. Meu foco é ajudar o Cruzeiro e fazer minha história aqui. Neste momento, o foco é voltar para a Série A. Só sairei do Cruzeiro quando for um negócio muito bom para todos. Fui criado na Toca, sou cruzeirense, tenho um carinho enorme pelo clube, então só sairei quando o negócio for bom mesmo".
Realmente havia alguns clubes interessados no meu futebol, mas não houve acordo entre os clubes, e eu também preferi seguir no Cruzeiro para ajudar na reconstrução. Meu foco é ajudar o Cruzeiro e fazer minha história aqui. Neste momento, o foco é voltar para a Série A. Só sairei do Cruzeiro quando for um negócio muito bom para todos. Fui criado na Toca, sou cruzeirense, tenho um carinho enorme pelo clube, então só sairei quando o negócio for bom mesmo".
O Cruzeiro iniciará uma nova era, agora com Enderson Moreira no comando. O que conhece do novo treinador e o que espera do trabalho dele?
"Sim, agora é um recomeço. Vamos ter este tempo, ainda indeterminado, para refletir, descansar, treinar em casa, ver o que errou e procurar se dedicar mais. Agora temos um novo treinador. Nunca trabalhei com ele, mas alguns atletas já trabalharam e falaram muito bem dele. Ele está vindo porque sabe que o time tem condição de sair desta situação, que tem jogadores para sair. Se cada um der um pouco a mais, vai ser bom para todos nós que estamos em campo. Quando voltarmos aos treinos na Toca, tenho certeza que o professor Enderson vai nos ajudar muito a realizar nosso objetivo, que é voltar para a Série A"