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Cruzeiro demite técnico Adilson Batista depois de nova derrota no Campeonato Mineiro

Treinador não suportou derrota para o Coimbra, no Independência

Tiago Mattar
Adilson Batista foi demitido do Cruzeiro após derrota para o Coimbra, pelo Campeonato Mineiro - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press

Adilson Batista não é mais treinador do Cruzeiro. O Núcleo Dirigente Transitório decidiu demitir o técnico de 51 anos após mais uma derrota no Campeonato Mineiro. Neste domingo, o time celeste foi superado por 1 a 0 pelo Coimbra, no Independência. 



Na última semana, os dirigentes chegaram a definir pela demissão do técnico, mas voltaram atrás após interferência de Pedro Lourenço, ex-integrante do Conselho Gestor e principal patrocinador do Cruzeiro. Com o revés para o Coimbra, porém, Adilson não suportou a pressão. 

Em contrato, há previsão de pagamento de uma multa rescisória de R$ 500 mil*. Adilson e Cruzeiro deverão negociar o pagamento deste valor a partir desta segunda-feira. Vale lembrar que a Raposa acumula débitos com os últimos quatro treinadores que passaram pela Toca da Raposa: Paulo Bento, Mano Menezes, Rogério Ceni e Abel Braga.

Segunda passagem

Esta foi a segunda passagem de Adilson pelo Cruzeiro. Batista assumiu o cargo em 29 de novembro do ano passado e chegou com o objetivo de livrar o clube da queda para a Série B. Entretanto, o paranaense ficou longe de cumprir essa meta. Em três jogos sob seu comando no Brasileirão, a Raposa perdeu para Vasco (1 a 0), Grêmio (2 a 0) e Palmeiras (2 a 0).



Este ano, o Cruzeiro reformulou o seu elenco e não demonstrou evolução em campo. Foram 12 jogos, com quatro vitórias (Boa Esporte, Villa Nova, Tupynambás e Uberlândia), quatro empates (América, São Raimundo-RR, Patrocinense e Boa Esporte) e quatro derrotas (Tombense, Atlético, CRB-AL e Coimbra).

No Campeonato Mineiro, o Cruzeiro é apenas o quinto colocado, com 14 pontos. O G4 é formado por América (21), Tombense (20), Atlético (18) e Caldense (17). Na Copa do Brasil, a equipe depende de uma vitória por três gols sobre o CRB, em Maceió, para ir à quarta fase. Triunfo por dois gols de vantagem levará a decisão da vaga para os pênaltis. Ainda não há data para realização da partida, uma vez que a CBF suspendeu o torneio mata-mata em função da pandemia de coronavírus.

Adilson deixa o Cruzeiro ainda no começo de uma temporada cujo grande desafio é voltar à Série A. Sem grande orçamento, o clube deve recorrer a um treinador acostumado a trabalhar com jovens valores e também com alguma experiência na Segunda Divisão.



Primeiro trabalho

Entre 2008 e 2010, Adilson Batista dirigiu o Cruzeiro pela primeira vez. Ele foi bicampeão mineiro (2008/2009) e vice da Copa Libertadores (2009). Em 170 partidas, ganhou 97, empatou 34 e perdeu 39, com 324 gols marcados e 193 sofridos.

Como jogador, Adilson vestiu a camisa azul entre 1989 e 1993. No período como zagueiro, sagrou-se campeão mineiro de 1990 e 1992 e das Supercopas de 1991 e 1992.

*Reportagem atualizada para correção de informações às 19h11 de 15 de março de 2020