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Pressionado por maus resultados, Adilson diz que cobranças serão justas no Cruzeiro apenas quando elenco estiver 100%

Segundo o técnico, time tende a alcançar forma ideal contra a Caldense

Redação
Pressionado no Cruzeiro, Adilson Batista terá o futuro discutido pelo conselho gestor - Foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press
O Cruzeiro conheceu a prévia das dificuldades que terá na Série B do Campeonato Brasileiro no jogo contra um concorrente, o CRB, pela terceira fase da Copa do Brasil. Sem criatividade para incomodar o adversário e com falhas no sistema defensivo, o time foi derrotado por 2 a 0, nessa quarta-feira, no Mineirão, e necessitará de goleada no duelo de volta para se classificar - dia 18 de março (quarta), às 21h30, no Estádio Rei Pelé, em Maceió.



Pressionado por causa do revés e também pelas atuações irregulares anteriores da equipe, o técnico Adilson Batista afirmou que as críticas só serão justas quando o elenco estiver 100%, com os aprimoramentos técnico e físico dos zagueiros Marllon e Ramon, dos volantes Jean e Ariel Cabral e do meia Robinho. O prazo estipulado por ele é o duelo contra a Caldense, às 21h30 de quarta-feira, 1º de abril, no Estádio Ronaldão, em Poços de Caldas, pela 11ª rodada do estadual. Antes, a Raposa pegará Coimbra e URT, em Belo Horizonte.

“Claro que consigo (alcançar boa campanha na Série B), mas me dá todo mundo 100%. Cobra quando estiverem 100% o Robinho, o Ariel, o Marllon, o Ramon, o Jean. Todos estavam treinando sozinhos, na academia. Eu acredito que, no jogo da Caldense, eles estarão prontos. Mas o tempo é quem vai dizer. O Robinho atrasou o processo porque teve uma lesão na panturrilha. Entrou, jogou bem 25 minutos e depois caiu, normal”.

Nessa quarta, o atacante Leo Gamalho marcou os dois gols do CRB diante do Cruzeiro. No primeiro lance, ele se posicionou entre o zagueiro Arthur e o lateral-esquerdo João Lucas e cabeceou a bola levantada por Erik Nascimento. No segundo, antecipou-se a Rafael Santos na pequena área, depois de Dudu fazer grande jogada individual em cima de Filipe Machado e Cacá.



O Cruzeiro vacilou em outros lances e só não tomou o terceiro gol porque Fábio, aos 43 minutos da etapa final, mostrou-se arrojado para defender o chute rasteiro de Luidy em contra-ataque. Além de oferecer espaços aos alagoanos e ser vulnerável no combate, o time abusou de decisões malsucedidas no ataque, o que levou Adilson Batista a reprovar o rendimento geral.

“Entrei com duas linhas e com os dois na frente. Sofremos o gol em desatenção e quase sofremos outro. Criamos pouco, fizemos algumas coisas que não deveríamos ter feito. Mexemos no intervalo, dei liberdade ao Rafael e coloquei Robinho. Tirei Edilson (para a entrada de Welinton), fiz um time extremamente ofensivo. Queria profundidade e bola na lateral, agora, tem que caprichar. Há coisas que vocês também precisam enxergar. Não é só o treinador”.

Em 11 jogos na temporada, o Cruzeiro ganhou quatro, empatou quatro e perdeu três - aproveitamento de 45,45%. Nas últimas oito partidas, o único triunfo foi sobre o Uberlândia, no Mineirão, pela sétima rodada do estadual: 2 a 1. O início de ano sem resultados e rendimentos convincentes aumenta a pressão no trabalho do treinador, que, em circunstâncias anteriores, mostrava-se confiante em prorrogar seu contrato para 2021.