A derrota por 2 a 0 para o CRB de Alagoas nesta quarta-feira, no Mineirão, em jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, gerou ira da torcida do Cruzeiro e cantos de “time sem vergonha” depois do apito final do árbitro Sávio Pereira Sampaio (DF). As cobranças se acirraram no trajeto de jogadores e do técnico Adilson Batista rumo ao vestiário. Houve xingamentos de forma generalizada.
O CRB abriu o placar no primeiro tempo, com gol de cabeça de Leo Gamalho. No segundo tempo, o artilheiro ampliou em boa trama dos alagoanos na área cruzeirense.
As perseguições da torcida a alguns jogadores começaram no primeiro tempo. O lateral-esquerdo João Lucas era apupado sempre que tocava na bola. Sem clima para continuar em campo, ele foi substituído no intervalo por Rafael Santos. Também apagado, Everton Felipe deu lugar a Robinho.
Na etapa final, logo depois do segundo gol do CRB, as vaias passaram a ser dirigidas ao volante Machado e ao lateral-direito Edilson.
Ao fim do jogo, o Mineirão foi tomado por fortes vaias. Na saída do campo, jogadores e o técnico Adilson Batista foram xingados por torcedores que se aglomeraram sobre o túnel de acesso aos vestiários.
Em sua entrevista coletiva, Adilson Batista rebateu os cânticos de time sem vergonha ao declarar que quem deveria ter vergonha eram "as pessoas que colocaram o clube nessa situação". Ele se referia ao presidente Wagner Pires de Sá e sua diretoria, que renunciaram no fim de 2019.
Em dado momento, ao ser perguntado se corria o risco de ser demitido, ele rebateu: “Você está me derrubando já? Não sei, tem que perguntar para quem está gerindo. Eu tenho consciência que estou fazendo o meu melhor”.
Cruzeiro 0 x 2 CRB: fotos do jogo no Mineirão pela Copa do Brasil
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Alexandre Guzanshe / EM DA PRESS
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