Depois de o Cruzeiro avançar à terceira fase da Copa do Brasil com vitória nos pênaltis, Adilson Batista valorizou a entrega e dedicação dos jogadores no duelo diante do Boa Esporte, na noite desta quarta-feira, em Varginha, no Sul de Minas. O treinador explicou as mudanças no esquema tático da equipe, que iniciou a partida no 4-4-2, mas alertou para a quantidade de passes errados, especialmente na segunda etapa.
“Agradecer e elogiar os meninos pela dedicação e entrega. Mudamos um pouco o posicionamento, gostei daquilo que eles fizeram. Tivemos um volume bom. Claro que erramos alguns passes, sabíamos que o adversária teria as situações de contra-ataque e tivemos desatenções no início do primeiro tempo. Mas, no geral, eu fico satisfeito pela entrega, dedicação e apoio que recebemos”, disse.
“Foi um bom primeiro tempo e o segundo tempo, aquilo que acabei de relatar, tivemos 60% de posse, mas erramos muito passe. Erramos quase 50 passes (o time celeste teve 59,3% de posse e errou 49 passes). Erramos num setor que eu não gosto que erre. Jadsom hoje errou demais, pensei em colocar o Pedro (Bicalho), mas eu tinha a preocupação. Já não tenho o (Filipe) Machado para o clássico (...) não tenho lá o Adriano, que não está pronto. Fiquei com medo de colocar o Pedro e ele sentir. Por isso eu preservei”, complementou.
Nesta quarta-feira, Adilson optou por uma dupla de ataque: Thiago e Marcelo Moreno. Ele explicou a mudança do esquema 4-3-3, utilizado no último jogo, para o 4-4-2 no Estádio do Melão. "Acho que a proposta no início do jogo foi boa. No primeiro jogo contra o Boa Esporte, o Nedo (Xavier, técnico do Boa) fez uma marcação individual. Então, no jogo lá, tínhamos o Adriano com o Jadson e o Rodriguinho com o Thiago. Eu vi eles espetados e todo mundo acompanhando. Eu, pensando nisso, coloquei o Thiago com o Marcelo. Achei válido”, analisou.
No tempo normal, o Cruzeiro até saiu na frente do placar, com gol de João Lucas, mas viu o Boa Esporte empatar no início da etapa final, com Claudeci. Nos pênaltis, a Raposa contou com uma defesa de Fábio na cobrança de Yuri Almeida e o erro de Ferreira para avançar. A classificação na Copa do Brasil rendeu ao clube celeste R$ 1,5 milhão de premiação.
“Esses jogos vão dando corpo. Não é fácil para os meninos. Os pênaltis são frutos de treinamentos. Trabalhamos as penalidades. Méritos também para o Fábio, já é o 30º (pênalti defendido pelo Cruzeiro). São duas etapas que eliminamos e agora vamos pensar no CRB lá na frente. Vamos devagar, é reconstrução, é o processo e os meninos vão ganhando cancha”, finalizou.
Na próxima fase, o Cruzeiro medirá forças com o CRB. O time de Alagoas eliminou Vilhenense, de Rondônia, e Paysandu, do Pará, para chegar na terceira etapa da competição mata-mata. As datas reservadas para o duelo, que será disputado em jogos de ida e volta, são 11 e 18 de março. Antes disso, porém, a Raposa volta atenções para o Estadual. No próximo sábado, a partida é diante do arquirrival Atlético, no Mineirão.