Superesportes

CRUZEIRO

Presidente do Conselho Fiscal prepara chapa para eleição do Conselho Deliberativo do Cruzeiro; reunião definirá candidatura

Paulo Pedrosa disse que vai se encontrar com apoiadores para definir a possibilidade de concorrer ao cargo

Thiago Madureira Tiago Mattar
Paulo Pedrosa foi eleito presidente do Conselho Fiscal com apoio do ex-presidente Wagner Pires de Sá - Foto: Sidney Lopes/EM D.A Press

Atual líder do Conselho Fiscal do Cruzeiro, Paulo Pedrosa estuda lançar candidatura à presidência do Conselho Deliberativo do clube. O pleito "tampão", cujo mandato é até o fim de 2020, ocorrerá em 21 de maio, com posse em 1º de junho. Pedrosa disse que vai se reunir com apoiadores para definir a possibilidade de concorrer ao cargo.


“Tem um grupo pedindo para que eu seja candidato, mas por enquanto é só conversa. Existe a possibilidade, quem não sonha em ser presidente do Conselho?”, indagou.

Em julho do ano passado, Pedrosa foi eleito presidente do Conselho Fiscal com o apoio dos conselheiros ligados ao ex-presidente Wagner Pires de Sá. Houve eleição naquela ocasião em razão da renúncia de todos os membros efetivos e suplentes, sob a alegação de falta de transparência. Na ocasião, Wagner se engajou na campanha de Pedrosa e chegou ao ponto de convocar os conselheiros para uma noite de caldos no Barro Preto.
 
Apesar disso, Paulo Pedrosa garante ser independente. “Estou tranquilo porque nunca fiz parte de nenhum grupo, sou totalmente independente. Votei no Sérgio Rodrigues em 2017. Não tenho vínculo com nenhuma parte. Eu e o Nagib estamos conversando para definir. Vamos nos reunir até amanhã (quinta-feira) e tomaremos uma decisão final”.

Já são pré-candidatos à presidência do Conselho Deliberativo do Cruzeiro o ex-desembargador Paulo Sifuentes e o empresário Giovanni Baroni. A provável chapa de Paulo Pedrosa para concorrer ao pleito deve ser formada por Nagib Geraldo (vice-presidente), Evandro Vassali (primeiro secretário) e Demetrio Granata (segundo secretário).

Pedrosa garante ter apoio de vários grupos dentro do clube. “São conselheiros de diferentes alas, que estão no Conselho há muitos anos, alguns que entraram agora também. Não tem vinculação com  a família União. Poderiam até dizer que tenho vínculo com Sérgio Rodrigues, aí eu concordo. Fiz campanha em 2017. A primeira reunião para a candidatura dele naquela época foi na minha casa. Tenho uma tendência de apoiar o Sérgio novamente, inclusive. Não tem nada de Itair Machado, Gaúcho, Hermínio Lemos. Mas não vou dispensar voto de ninguém. Temos compromisso com independência, transparência”, frisou.


Paulo disse que não precisará renunciar ao cargo de presidente do Conselho Fiscal, cujo mandato se estende até dezembro de 2020, para se candidatar. “O estatuto não impede isso. O Zezé Perrella quando era senador da República também era presidente do Conselho Deliberativo, não era? Eu posso tirar uma licença ao cargo no Conselho Fiscal para concorrer nessa eleição tampão. Nada me impede de fazer isso. Você quer absurdo maior do que o Emílio Brandi, ordenador de despesas do Cruzeiro, se candidatar à presidência? Ele que tinha que renunciar ao posto no Conselho Gestor. Isso sim é absurdo. Mas vamos ver, ainda estamos estudando a candidatura”.

Criticado por Pedrosa, Emílio Brandi, candidato à presidência do Cruzeiro e integrante do Conselho Gestor, respondeu: “Eu acredito que é preciso lembrar a situação que o Cruzeiro se encontra hoje e o motivo de o Conselho Gestor estar no clube. O grupo entrou no Cruzeiro no dia 23 de dezembro encontrando um cenário de terra arrasada, e foi com a união destas pessoas que os caminhos começaram a ser desenhados, com os principais problemas e as urgências mais imediatas sendo resolvidas para colocar o Cruzeiro andando. E todas as decisões são tomadas em conjunto, com todos os integrantes do núcleo gestor. A situação do clube ainda é muito difícil e há muito a se fazer. Sou candidato, não porque estou persistindo em um projeto de ser presidente do Cruzeiro, do poder pelo poder. Sou candidato porque este mesmo núcleo gestor que assumiu o clube no momento mais difícil ainda tem muita coisa a fazer. Mas a disputa é legítima para qualquer outro que queira se candidatar. Precisamos gastar nosso foco e energia para tentar resolver questões importantes e que afetam a vida de todos os cruzeirenses, como as dívidas da Fifa, o Profut e várias outras”.