Cabral não treina desde 14 de janeiro, quando solicitou à diretoria do Cruzeiro licença para tratar assuntos particulares na Argentina. Em duas ocasiões, pediu a prorrogação do prazo.
A cúpula celeste até esperava proposta de algum clube argentino pelo meio-campista de 32 anos, mas nenhuma movimentação nesse sentido aconteceu.
Em entrevista ao Superesportes, Carlos Ferreira Rocha, Integrante do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro, afirmou que Ariel aceitou repactuar os salários caso não acertasse com outra equipe.
“Existe um compromisso. Ele foi para a Argentina, tem problemas particulares, mas ele voltará agora no início de março e tem um compromisso com o Cruzeiro. Se ele não arrumasse outro clube, voltaria e nos ajudaria nessa reconstrução”.
Ariel Cabral chegou ao Cruzeiro em agosto de 2015, após sair do Vélez Sarsfield. Se os torcedores têm opiniões mistas sobre suas qualidades, os técnicos - especialmente Mano Menezes - o admiraram pela disciplina tática e facilidade em recuperar a bola no campo do adversário.
Ofensivamente, os números do argentino são modestos - apenas quatro gols em 176 jogos. Apesar da estatura de 1,86m, o camisa 5 nunca se mostrou exímio cabeceador, nem tampouco bom finalizador com o pé canhoto.
Fora das quatro linhas, Cabral se tornou um dos líderes do grupo, principalmente nos períodos em que havia grande quantidade de estrangeiros, casos do uruguaio Arrascaeta, dos argentinos Lucas Romero e Ramón Ábila, do equatoriano Caicedo, do colombiano Orejuela e tantos outros.
Em meio aos altos e baixos no Cruzeiro, Ariel conquistou quatro títulos: dois estaduais, em 2018 e 2019, e duas Copas do Brasil, em 2017 e 2018. Seu contrato com o clube vai até agosto, com provável renovação para dezembro de 2020.